Relatório revela que dois terços das empresas testam aplicativos móveis de forma inadequada

A Capgemini, uma das principais provedoras de serviços de consultoria, terceirização e tecnologia do mundo, divulga os resultados do quarto anuário World Quality Report1. O relatório, publicado em parceria com a HP, revela que as organizações estão administrando com dificuldade os desafios da era móvel e que apenas um terço (31%) dos pesquisados testam seus aplicativos móveis de forma correta.

Quando as organizações realizam testes de garantia da qualidade de seus serviços móveis, elas se concentram, principalmente, no desempenho (64%) e na funcionalidade (48%) e apenas 18% das companhias têm como foco a segurança. O mais preocupante é que as empresas de testes não conseguem enfrentar os novos desafios trazidos pelo ambiente cada vez mais digitalizado e pela falta dos recursos, ferramentas e métodos corretos. Ainda assim, a capacidade de testar de forma eficaz os aplicativos de software nunca foi tão importante para a reputação e as operações das organizações.

O relatório apontou que a maioria das companhias (51%) ainda realizam testes internamente. Apenas 13% passaram a ter um serviço totalmente administrado por um prestador de serviço externo. Infelizmente, as organizações que administram os testes internamente possuem equipes de garantia da qualidade que não conseguem acompanhar as novas tecnologias.

No Brasil, 56% das empresas preferem que os profissionais responsáveis por realizar testes façam parte de seu quadro de funcionários, um cenário acima da média mundial. Segundo as companhias brasileiras que participaram da pesquisa, 45% delas afirmaram que os testes internos apresentam melhor qualidade quando comparados aos feitos por um serviço externo.

O relatório revela uma falta de confiança na capacidade de análise da qualidade de softwares das empresas, sendo que mais da metade das respostas obtidas (59%) avaliaram o conhecimento das novas ferramentas e tecnologias de teste por suas equipes de qualidade internas como “médio”. Dois terços dos participantes admitem não possuírem as ferramentas corretas para testar aplicativos móveis e um terço confessam que não possuem as metodologias e processos de teste apropriados (34%) nem o conhecimento especializado necessário (29%).

Dentre os participantes brasileiros, mais da metade das companhias (55%) afirmam que investem seu orçamento na aquisição de ferramentas de testes. Até 2015, 52% das empresas esperam investir no aprimoramento de recursos internos para testes, mas 46% querem também investir em prestadores de serviço externo. 37% querem, ainda, desenvolver novas ferramentas de teste.

“Aplicativos para softwares confiáveis e consistentes se tornaram importantes para as operações de muitas organizações. Além disso, a falta de confiança na capacidade interna da maioria das empresas para monitorar e testar seus softwares é preocupante, principalmente em termos de aplicativos móveis”, afirma Michel de Meijer, Líder da Linha de Serviços Globais.

Para o Grupo Capgemini, Líder global de Testes, “as organizações com atuação mundial precisam fornecer acesso continuo, a qualquer hora e em qualquer lugar, geralmente a centenas de funcionários e, às vezes, a milhões de clientes, em diferentes tipos de dispositivos móveis, enfrentando com dificuldade os desafios que isso acarreta. As equipes de garantia da qualidade precisam repensar seriamente suas estratégias de teste integradas, que cobrem aplicativos móveis novos e tradicionais, para poder atender às demandas dos usuários”, comenta Meijer.

O relatório também destaca o impacto da computação em nuvem na realização de testes e na garantia de qualidade. Quase um quarto dos aplicativos (22%) das empresas pesquisadas estão hospedados na nuvem e esse número deve aumentar para um terço (32%) até 2015. No Brasil, apenas 16% das organizações não usam a computação em nuvem para testes; até 2015, é estimado que esse número sofra uma queda e fique em 6%. Consequentemente, a realização de testes na nuvem está aumentando significativamente, uma vez que os profissionais da área de qualidade se sentem mais confortáveis com essa plataforma. E, enquanto mais de um quarto (28%) dos testes são realizados na nuvem, o relatório mostra que a previsão é esse número alcance 39% até 2015. Como apenas 4% das empresas não demonstram a intenção de usar tecnologias na nuvem para testes de qualidade nos próximos três anos, em relação aos 31% registrados dois anos atrás, os benefícios das avaliações claramente superam as dificuldades.

O relatório também revela que, com o desejo das empresas de reduzir custos e lançar produtos mais rapidamente, mais de dois quintos (42%) das empresas aumentaram seus orçamentos da área de garantia da qualidade, enquanto apenas 11% delas os reduziram. A maioria dos participantes (53%) também estima que os orçamentos de seus departamentos de qualidade aumentarão até 2015 e apenas um quinto (18%) acredita que eles serão reduzidos. Conforme as organizações lutam para centralizar e consolidar suas atividades de garantia de qualidade, visando reduzir ainda mais os custos e aumentar a eficiência, o estudo destaca uma tendência significativa em relação ao investimento em Centros de Excelência de Testes (TCOE)². Apenas 6% das firmas possuem um TCOE operacional completo, mas isso representa um aumento de 50% em 2011. Aproximadamente dois terços (60%) estão construindo ou planejando construir um TCOE, com a intenção de garantir vantagens em relação à concorrência.

“As organizações precisam equilibrar os recursos limitados com inovação, já que buscam impulsionar o seu crescimento e diferenciação frente aos concorrentes," diz Matthew Morgan, vice-presidente de TI Híbrida e Cloud, Marketing de Produtos e Software da HP. “Com a HP, as companhias podem atualizar e otimizar os seus recursos de testes e operações para reduzir custos, acelerar o tempo de lançamento de seus produtos no mercado e melhorar a qualidade de seus serviços, ao mesmo tempo que se beneficiam com novos modelos de entrega, tais como entrega móvel, na nuvem e por meio de tecnologias sociais.

As empresas estão percebendo que vale a pena investir na qualidade, com metodologias maduras, profissionais altamente capacitados e, se possível, sem investir montantes elevados em software.

A terceirização surge como uma excelente opção na redução dos custos, no aumento da qualidade, na aceleração do nível de maturidade em testes, através da utilização de profissionais altamente capacitados. A tendência é que as tarefas que necessitam da proximidade com o time do projeto sejam executadas onshore ou nearshore, mas todas as demais no modelo offshore.

Para baixar uma cópia do World Quality Report completa, acesse www.capgemini.com/insights-and-resources/by-publication/world-quality-report-2012–2013/.

Sobre o “World Quality Report” 2012-2013

O “World Quality Report” 2012-2013 é a quarta edição de uma série de pesquisas anuais que analisam a qualidade de aplicativos e atividades de teste em diversos segmentos e regiões. Desde 2009, o Grupo Capgemini e a HP publicam o relatório anual para fornecer informações sobre as últimas tendências em qualidade de aplicativos, metodologias, ferramentas e processos. Como nos anos anteriores, o relatório inclui perfis detalhados da situação da área de garantia da qualidade em diversos segmentos específicos: bens de consumo, varejo e distribuição; energia e serviços públicos, serviços financeiros; alta tecnologia; setor público; telecomunicação, mídia e entretenimento. O relatório também examina as tendências de TI e as atividades de testes a partir de uma perspectiva regional na América do Norte, inclusive Estados Unidos e Canadá; América do Sul, inclusive Brasil; Europa Ocidental, inclusive França, Alemanha e Suíça, Holanda e Benelux, Reino Unido e Irlanda, Países Nórdicos (Sué cia, Finlândia, Dinamarca e Noruega); Sul da Europa; Leste Europeu e Ásia Pacífico, inclusive Austrália e Nova Zelândia; Cingapura, China e Hong Kong.

O “World Quality Report” 2012-2013 é baseado em um total de 1.553 entrevistas feitas por telefone com diretores de TI, diretores financeiros, gerentes de TI e diretores/executivos e gerentes da área de qualidade de empresas privadas, governamentais e organizações do setor público de 25 países. Esses dados foram complementados por entrevistas com clientes, seguidas da análise e do comentário de nossos especialistas. Ao contrário dos anos anteriores, esse relatório tem como foco o que muitos considerariam apenas o mercado empresarial, ou seja, organizações com 1.000 funcionários ou mais trabalhando localmente em suas regiões. O principal objetivo do relatório é analisar o estado da qualidade dos aplicativos e das atividades de teste em diversos segmentos e regiões.

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