Ritmo de crescimento do crédito vai diminuir em 2013, prevê Banco Central

O Banco Central (BC) espera redução no ritmo de crescimento do crédito em 2013. A projeção para a expansão do saldo das operações no ano que vem é 14%, enquanto para 2012 permanece a expectativa de 16%.

A projeção para a expansão do crédito livre (recursos e taxas de juros livremente pactuados entre clientes e banco) permanece em 14% este ano. Para 2013, a previsão é 13%. No caso do crédito direcionado, com recursos ou taxas de juros definidos em normas governamentais, a expectativa de expansão é 20% este ano, estimativa inalterada, e em 2013, 16%.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, o crédito continuará a crescer no próximo ano, mas de forma moderada. “O crédito vai continuar sendo um fator importante de estímulo à atividade econômica”, disse Maciel. Segundo ele, a moderação é “natural” porque a base de comparação com anos anteriores aumentou.

Em 2010, a expansão do crédito chegou a 21% e em 2011 ficou em 19%. Em 12 meses até novembro deste ano, há um crescimento de 16,1%.

Em relação a tudo o que o país produz – o Produto Interno Bruto (PIB) –, o saldo das operações de crédito deve ficar em 53%, contra 52% previstos em setembro pelo BC. “Embora a gente não tenha mudando a [previsão de] expansão do crédito, [a estimativa do saldo em relação ao PIB] aumentou porque a expansão do PIB mostrou-se abaixo do que estava sendo estimado naquele momento [setembro]”, disse Maciel. Para 2013, a estimativa é que o crédito em relação ao PIB chegue a 55%.

O BC também revisou a estimativa para a expansão do crescimento do saldo das operações de crédito de bancos públicos, este ano, de 24% para 26%. Em 2013, a expectativa é 18%. Já os bancos privados perderam participação, de acordo com as estimativas do BC para este ano. No caso das instituições privadas nacionais, a estimativa passou de 10% para 7%. Os bancos privados estrangeiros devem crescer 11%, contra 13% previstos pelo BC em setembro. No próximo ano, as projeções são 10% de expansão para os bancos privados nacionais e 12% para os estrangeiros.

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