Sebrae comemora Dia Nacional do Design promovendo ações nas unidades

Buscar soluções criativas e inovadoras de uso de materiais, tecnologias e sustentabilidade é um dos papéis do design, que comemora nacionalmente seu dia nesta segunda-feira (5). Desde 2000, o Sebrae promove ações de inserção da atividade nas micro e pequenas empresas (MPE) por saber da importância do design para aumentar a lucratividade das empresas.

Na semana de comemoração do Dia Nacional do Design, diversas iniciativas foram programadas pelas unidades do Sebrae nos estados para divulgar o papel desse processo que exige, além da criatividade, capacitação, habilidade e responsabilidade. A data foi instituída em 1998, por um decreto do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em homenagem ao designer recifense Aloísio Magalhães que comemorava seu aniversário neste dia. Ele criou, entre outras, o símbolo da Petrobras e desenhou a cédula do Cruzeiro Novo em 1964.

Apesar de Aloísio ter se formado em Direito, sempre teve vocação para as artes plásticas. Foi o fundador da primeira escola de desenho industrial do Brasil, a Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), e também presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele morreu na Itália, em 1982.

Elsie Quintas, analista de Acesso a Inovação e Tecnologia, informa que o Sebrae investe em ações voltadas para a inovação no intuito de estabelecer novos diferenciais para melhorar o posicionamento das empresas de pequeno porte no mercado. “Por meio do Sebraetec, a instituição viabiliza o acesso das micro e pequenas empresas (MPE) a conhecimentos tecnológicos, incluindo design. Nossa ideia é otimizar processos e produtos para introduzir tecnologia nas empresas”, assegura.

Novidades

Promover o design como ferramenta de estímulo à competitividade nos pequenos negócios é o objetivo principal do Centro de Design Paraná, em Curitiba. Fundado há 13 anos pelas designers Ana Brum e Letícia Gaziri, o Centro é uma consultoria especializada em idealizar, desenvolver e implementar programas e projetos estratégicos de design alinhados às políticas públicas. Tem como objetivo melhorar a competitividade e o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Possui atuação nacional e conta com um time de experts com visão holística e altamente eficientes.

Por meio dessa consultoria, os empresários dos mais diversos segmentos têm a oportunidade de desenvolver produtos inovadores e competitivos. Segundo Ana Brum, a adoção da técnica coloca os pequenos negócios no mesmo patamar das grandes empresas. “O produto ganha credibilidade. A partir daí, o consumidor tem percepção de que a marca é tão boa quanto as mais conhecidas”, diz.

Por meio de palestras, workshops e consultorias, o Centro traz para os empresários as novidades do mercado de design. “Ao contrário do que muitos pensam, esta não é uma ferramenta cara. Quem aposta no design para ganhar competitividade está no caminho certo”, garante Ana Brum.

Quem experimentou de perto a força do design foi o joalheiro cearense Antônio Rabelo. Ele lapida o sertão em peças criativas e únicas. São joias feitas a partir da prata, couro, pedra, palha e do espinho do mandacaru, cacto típico da região Nordeste, inspiradas na natureza local.

A descoberta do talento de Antônio ocorreu quando o Sebrae levou uma designer de joias de São Paulo para dar um curso em Quixeramobim (CE), em 2002. “Foi amor à primeira vista. De escultor, passei a fabricar joias.  Ali decidi que queria fazer isso para sempre”, lembra.

O trabalho da Ceará Design começou com quatro funcionários e uma produção mensal de 40 peças. À época, o faturamento era de R$ 7 mil por mês. Hoje, a fabricação gira em torno de 150 peças e a receita chega a R$ 40 mil. Para dar conta das encomendas, são necessárias oito pessoas. Toda a produção é vendida a clientes brasileiros.

Agora, Antônio faz planos para expandir o negócio: usar ouro nas joias. “Vou começar a me qualificar ainda mais para usar esse metal. Minhas peças vão ganhar requinte”, enfatiza. A trajetória de sucesso de Antônio Rabelo se mistura com o trabalho do Sebrae. Fez cursos de capacitação e participou de seminários realizados pela instituição. “O Sebrae tem 90% de responsabilidade na minha história como empresário. Essa parceria é peça fundamental para a produção das minhas joias, e realização de um sonho”, destaca Antônio.

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