Sebrae reforça compromisso com os pequenos negócios

Lembrar os feitos do passado e renovar os compromissos com o desenvolvimento futuro das micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras. Esse foi o tom dos pronunciamentos oficias durante as comemorações dos 40 anos do Sebrae, evento realizado na última terça-feira (9), na sede nacional da instituição, em Brasília.

Diante de uma plateia formada por ministros de estado, secretários-federais, parlamentares, prefeitos, empresários e colaboradores, o presidente do Conselho Nacional do Sebrae, Roberto Simões, foi o primeiro a falar. Ele lembrou o peso das MPE na economia nacional. “O segmento absorve 52% da mão de obra ocupada. Daí vem o reconhecimento da importância do Sebrae, que sempre foi o defensor maior das MPE”, declarou.

Melhorar o acesso ao crédito, diminuir a burocracia e aumentar a competitividade foram algumas das ações em que a instituição se envolveu nas últimas quatro décadas lembradas pelo diretor do Conselho Nacional. “Todas essas conquistas revelam dedicação e competência do quadro técnico do Sebrae”, disse.

Simões afirmou que a instituição precisa celebrar a data porque foi capaz de cumprir sua missão, mas que o futuro não deve passar em branco. “Não temos como descansar sobre os louros conquistados porque o Brasil cresce muito e hoje está entre as maiores economias do mundo. Isso traz ainda mais responsabilidades”.

Sobre os compromissos futuros para os próximos anos, Simões apontou a necessidade de dobrar a participação dos pequenos empreendimentos no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que hoje é de 20%, além de melhorar a inserção desse segmento nas exportações, que representa apenas 1% do total. “O Sebrae tem condições de encarar esses desafios, mas não o fará sozinho. As parcerias serão ampliadas. Juntos podemos continuar a concretizar os sonhos”, afirmou.

O presidente do Sebrae Nacional também reafirmou a importância de planejar o futuro. “Completar 40 anos é muito simbólico. Felizmente, os sonhos não envelhecem. A maturidade faz a gente transformar os sonhos em metas”, disse logo na abertura, para em seguida lembrar o trabalho diário dos colaboradores da instituição nos quatro cantos do território nacional. “Vocês são a alma do Sebrae”, dirigiu-se aos trabalhadores.

Desafios

A exemplo do diretor do Conselho, o presidente do Sebrae também jogou luz sobre os desafios para a próxima década. “Esse não é só o momento de olhar para trás. Estamos olhando para o futuro, para os próximos dez anos e planejando qual será o legado que iremos deixar para a economia brasileira”, afirmou.

Segundo Luiz Barretto, nos últimos 40 anos o perfil do empreendedor mudou, assim como a economia. Nesse período, o país pulou da 12ª economia mundial para sexta, com reflexos no mercado de trabalho, fortalecimento do mercado interno e aumento das formalizações. Com isso, Barretto lembrou que o Sebre também precisou se modernizar para alcançar seus objetivos. “Hoje, atendemos no balcão, mas também ampliamos a assistência a distância, pelo telefone ou internet”, disse.

“No passado, a maior parte dos brasileiros que abria negócio o fazia por necessidade. O mercado de trabalho estava difícil, então a pessoa abria um comércio, investia em um serviço para sobreviver. Hoje, a principal motivação para empreender é a oportunidade de negócio”, apontou o presidente da instituição.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, representou a presidente Dilma Rousseff no evento e encerrou os pronunciamentos oficiais. Pimentel também lembrou a trajetória da instituição “que foi da ditadura à democratização”. Temos um patrimônio para mostrar nos últimos 40 anos. E o Sebrae faz parte dele”, disse o ministro.

Pimentel destacou ainda o esforço da instituição na formalização de aproximadamente 2,5 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) nos últimos anos. E concluiu: “o Sebrae é a cara do Brasil. Que o país continue sendo o guia dos nossos sonhos”.

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