Setor de cosméticos é um dos que mais cresce no País

O setor de cosméticos e produtos de higiene pessoal é um dos que mais cresce no País. Em dez anos, o faturamento líquido da indústria da beleza saltou de R$ 4,9 bilhões, em 1996, para R$ 17,5 bilhões, em 2006.

Nesse período, a taxa de crescimento médio das empresas de cosméticos e produtos de higiene pessoal foi de 10,9%, enquanto o PIB e a indústria em geral cresceram, 2,8%, segundo dados do IBGE, Banco Central e Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

Os motivos da ampliação desse mercado são fáceis de compreender. Em primeiro lugar, está o fato de o brasileiro ser considerado um dos povos mais vaidosos do mundo e, portanto, muito ligado aos cuidados com a imagem pessoal.

Em segundo, o ciclo virtuoso da economia nacional e a melhor distribuição de renda no País, verificados nos últimos anos, estão levando mais pessoas ao consumo de xampus, cremes capilares e faciais, desodorantes, escovas de dente, entre outros produtos do setor.

Outros fatores contribuíram para a excelente performance do setor: a participação crescente da mulher no mercado de trabalho brasileiro; utilização de tecnologia, que resulta no aumento da produtividade e redução dos preços oferecidos ao consumidor final; lançamentos constantes de novos produtos; e aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Vale ressaltar que a biodiversidade brasileira e o clima quente favorecem tanto o desenvolvimento de novos produtos, inclusive com boa aceitação no mercado internacional, quanto os hábitos de higiene e cuidados estéticos.

Segundo dados do estudo Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos 2007 da Abihpec, o setor é composto por 1.596 empresas, das quais apenas 15 são de grande porte ou com faturamento anual líquido acima de R$ 100 milhões. Micro e pequenas empresas são maioria na indústria de cosméticos e higiene pessoal.

Esse setor é um grande empregador de mão-de-obra feminina. Cerca de 3 milhões de postos de trabalho foram gerados por essas empresas no País, em 2006, de acordo com estimativas da Abihpec. A Região Sudeste é a maior concentradora de empresas de cosméticos, com 1.027 delas. Em segundo lugar, está a Região Sul, com 318 empresas; Nordeste, com 132 empresas; Centro-Oeste, com 98 empresas; e Norte, com 21 empresas.

Na balança comercial brasileira, o setor de cosméticos e produtos de higiene pessoal obteve crescimento acumulado de 165%, nas exportações entre 2003 e 2007, segundo Abihpec. Nesse período, as importações cresceram 145%. Desde 2002, o setor vem demonstrando resultados superavitários. Em 2007, o superávit foi de US$ 164 miilhões, registrando queda de 15,6% em relação a 2006, em decorrência do aumento das importações e pela valorização do real.

Ranking mundial

Em 2004, o Brasil ocupava o sexto lugar no ranking mundial do setor de cosméticos, quando era responsável por 4,2% do consumo global. O País subiu para a terceira posição, em 2006, com participação de 6,7% no mercado mundial. O faturamento total dos dez países e maiores consumidores dos produtos do setor foi de US$ 177 bilhões, equivalendo a 65% do consumo mundial, segundo a pesquisa Euromonitor 2006.

O mercado brasileiro da beleza e higiene pessoal só fica atrás dos Estados Unidos, responsáveis por 18,7% do consumo mundial, e Japão, por 11%, segundo a mesma pesquisa. França, Alemanha, Reino Unido, China, Itália, Rússia e Espanha ficam entre a quarta e décima classificações, respectivamente, no ranking mundial de consumo de cosméticos e produtos de higiene pessoal.

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