Startup aposta em condomínios inteligentes com a Internet das Coisas

A Internet das Coisas não está mais em um futuro distante. Uma pesquisa recente do BNDES estima que conexões inteligentes tecnológicas vão injetar no Brasil 200 bilhões de dólares por anos até 2025. No mundo, serão investidos 1,4 trilhão até 2021.  Aproveitando-se dessa tendência da inovação disruptiva, a startup catarinense Kiper investiu na tecnologia inteligente em 2015 e criou uma plataforma que gerencia o acesso de moradores de condomínios à distância e lhes oferece um aplicativo com QR Code de acesso à portaria.

Em pouco tempo depois, a empresa fechou 2017 com um crescimento de mais de 150% ao ano, projeção de receita dobrada para 2018 e passou a ter mais de 50 funcionários. Agora a empresa entra no mercado condominial com soluções que contemplam não só o acesso, mas automatizam todas as tarefas de um condomínio. “A tecnologia precisa ajudar as pessoas a viverem melhor”, pontua o CEO da Kiper Tecnologia, Fábio Beal.

A ideia é que moradores acessem condomínios com soluções mais precisas e seguras, como o aplicativo que gera o código de acesso personalizado. A tecnologia também permite saber quem entra e sai da residência do morador por notificações, enviar convites personalizados para visitantes, fazer grupos de convidados para festas e criar perfis para hóspedes e prestadores de serviço – tudo isso no celular. Para quem chega sem o QR Code, o atendimento é feito por um operador que recebe todos os tipos de atividades técnicas do condomínio em sua base de monitoramento, além de ter acesso às imagens, áudio e dados para conferência. O detalhe: ele está à distância. Isso reduz a vulnerabilidade da portaria humana na questão da segurança, mas não elimina a função de porteiro – que pode ser realocado para uma base de monitoramento remoto.

O morador não precisará mais esperar o zelador para receber as suas encomendas. Com um sistema inteligente de recebimento, o funcionário armazenará a mercadoria em um locker com fechadura eletrônica. Esse armário inteligente tem espaços de tamanho pequeno, médio e grande, feitos sob demanda para o perfil do condomínio. Quando a mercadoria é armazenada, o morador é notificado pelo mesmo aplicativo de acesso do condomínio. O locker é aberto pelo código QR Code do morador. “A tecnologia facilita o trabalho do funcionário e entrega comodidade para quem mora no condomínio”, reflete Beal.

O síndico poderá solicitar a automação de algumas tarefas recorrentes do condomínio que hoje, exigem o acompanhamento dele, como: programar o funcionamento do exaustor da churrasqueira, configurar a abertura do acesso da área das lixeiras, avisá-lo quando o sistema de captura de água para cisterna estiver com problemas ou automatizar o ligamento das bombas d’agua, por exemplo. A automação acontece por meio de sensores instalados estrategicamente de acordo com a demanda do condomínio. “Tudo deve funcionar sozinho. A ideia é que o condomínio inteligente permita a otimização das tarefas do zelador e do síndico, com os processos sendo seguidos por meio da tecnologia”, diz.

As câmeras de monitoramento das áreas comuns passam a estar integradas ao aplicativo de acesso do condomínio do morador. O usuário da casa confere as câmeras autorizadas pelo celular e pode acompanhar o acesso dos visitantes da sua moradia com notificações em tempo real. “É importante lembrar que o usuário só tem acesso às notificações dos visitantes e de quem mora com ele”, explica Fábio Beal.

 

 

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