Startups brasileiras miram o mercado exterior

Lançada no mercado há pouco mais de um ano e meio, a startup Edools se prepara para expandir suas operações para o exterior. No mercado nacional, a empresa já conquistou cerca de 500 clientes e registra mais de 30 mil alunos brasileiros que estudaram por meio da plataforma de ensino a distância criada por empreendedores cariocas. O rápido crescimento da startup exemplifica o potencial consistente de geração de lucros desses novos tipos de negócio inovadores, que possuem apoio do Sebrae em todo o Brasil.

“Vamos iniciar 2015 com iniciativas para atender a empreendedores digitais em todos os estados do país, seja por meio de projetos coletivos ou ações de apoio. Somente o Sebrae Nacional deve investir R$ 23 milhões nesse segmento até 2018. Com os projetos nos estados, passamos a monitorar o crescimento de cerca de 600 empresas em todas as etapas do empreendimento”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Essas startups contam com apoio da instituição no momento de testar e validar a ideia do negócio e formalizar a empresa (estágio de ideação) e na hora de colocar o projeto em funcionamento, administrando os recursos humanos, materiais e financeiros (estágio de operação).

Nos projetos coletivos, grupos de empreendedores e startups digitais são reunidos e passam por um processo de capacitação com foco em comportamento e gestão, ações de inovação e de acesso a mercado, inclusive no exterior. Além disso, o Sebrae é patrocinador de diversos eventos considerados referência no universo digital como Startup Weekend, Campus Party, Demo Brasil, Startup Farm, Startup Pirates e Circuito Startups, como forma de incentivar a difusão do empreendedorismo nos novos negócios.

Para Rafael Carvalho, Bernardo Kircove, Maurilio Alberone e Vinícius Kastrup, da startup Edools, do Rio de Janeiro, o Sebrae foi a ponte entre um bom projeto e um negócio bem-sucedido. “Para que uma boa ideia sobreviva no mercado, ela depende de uma série de competências interligadas, que fazem com que a capacidade de execução esteja relacionada com o aprendizado. Foi o que o Sebrae fez ao nos ensinar habilidades específicas em cursos como gestão de negócios, planejamento financeiro e estratégico. Além disso, por meio da instituição, tivemos acesso a uma rede de investidores, especialistas e mentores”, afirma Rafael Carvalho.

A Edools é utilizada por empresas e instituições para gerenciamento de cursos on line. A empresa foi uma das 30 selecionadas pelo Sebrae para participar de um treinamento realizado em conjunto com a Apex-Brasil, que as preparou para tentar conseguir investimentos estrangeiros em um dos principais eventos de tecnologia do mundo, o TechCrunch Disrupt, que aconteceu no Vale do Silício, em São Francisco, em setembro do ano passado.

Durante o evento, os empreendedores iniciaram contatos com parceiros e investidores americanos e pretendem entrar no mercado daquele país em 2017. “Nossa meta é consolidar nossa atuação no mercado nacional em 2015, iniciar operações na América Latina em 2016 e chegar aos Estados Unidos depois disso”, acrescenta Bernardo Kircove.

Confiança

startup Cabe na Mala também planeja expandir sua atuação para a América Latina em 2015 graças a investimentos conquistados com apoio do Sebrae. Surgida por meio de uma ideia embrionária apresentada na edição carioca do StartUp Weekend, em dezembro de 2012, as empreendedoras cariocas Marcela Kashiwagi, 26, e Ana Paula Lessa22, foram selecionadas para participar da 1ª turma do programa Sebrae Startup/RJ, onde fizeram cursos de capacitação e aprenderam conceitos importantes para o negócio, como gestão e finanças, participaram de um programa de aceleração do governo de Minas Gerais e conseguiram o investimento de um empresário. “O Sebrae foi o primeiro a nos enxergar e nos dar apoio para seguir em frente. Ficamos mais autoconfiantes. O que aprendemos lá foi a base de tudo que fizemos depois disso”, avalia Marcela.

O cabenamala.com.br surgiu do hábito do brasileiro de fazer encomendas para amigos que viajam para o exterior. “Já que você vai viajar, poderia me trazer esse produto? É uma compra rápida e cabe na mala”. No site criado pelas jovens cariocas, o interessado divulga o produto no qual está interessado e o site faz o cruzamento com a data e o local de quem estará no país. O viajante só tem o trabalho de colocar o produto na mala, já que cabe ao interessado fechar a compra por um site de compras e mandar entregar no endereço fornecido. As empreendedoras fecharam 2014 com apoio de outro investidor estratégico que vai ajudar nos planos de expansão para outros países. E, durante a Campus Party, terão uma nova oportunidade de conquistar mais mercados ao participar do programa Startup & Makers Camp, onde poderão expor seu produto, receber consultoria e se aproximar de parceiros e investidores.

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