Temporários impulsionam varejo natalino

A pouco mais de 60 dias do Natal, o comércio varejista inicia a época de contratações de mão de obra temporária, e a previsão é de que cerca de 270 mil pessoas sejam absorvidas, das quais cerca de 140 mil vagas irão para o ramo de shopping centers.

A contratação tende a ter ênfase na venda de calçados e vestuário, que deve liderar as admissões, representando 44,1% do total. Em seguida estarão os super e hipermercados (19,7%). Perfumaria, artigos de uso doméstico, lojas de móveis e eletrodomésticos deterão o restante das contratações, crê a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Para a economista Marianne Hanson, da CNC, a projeção é de que as vendas cresçam 5% neste último trimestre, por isso a necessidade da força-tarefa entre os lojistas.

Já no ramo de centros de compras, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping estima que 60% das vagas sejam absorvidas por candidatos de 18 a 40 anos, entre estudantes do ensino médio e universitários. Na área de alimentos, o Grupo CRM, dono das marcas Kopenhagen e Brasil Cacau, vai recrutar 340 colaboradores temporários para a fábrica de Extrema (MG). "A expectativa é de que 410 toneladas de itens sazonais de chocolate e panetones sejam produzidas para o Natal", afirmou Fernando Francalassi, diretor-industrial do Grupo CRM.

A onda da terceirização está forte no varejo, mas é nos serviços financeiros seu destaque. Agora, há demanda também no turismo e em empresas têxteis. "A terceirização no Brasil se mostra cada vez mais complexa: hoje remunera melhor e os trabalhadores têm ficado mais tempo nas empresas", afirma o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann.

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