Varejistas despencam e proporcionam fechamento no vermelho do Nikkei

O índice Nikkei encerrou com variação negativa nesta quinta-feira (9), influenciado preponderantemente pelo setor varejista, dados os reflexos desaforáveis da baixa confiança do consumidor nipônico.

Do outro lado do mar do Japão, a bolsa de Hong Kong fechou em alta, após a autoridade monetária cortar o juro básico em 0,5 ponto percentual. Em contrapartida, a bolsa da China declinou, sendo afetada por produtoras de energia e siderúrgicas.

Varejo preocupa em Tóquio
A Aeon divulgou o resultado operacional de seu segundo trimestre contábil, encerrado em 31 de agosto. A segunda maior varejista nipônica reportou lucro líquido de US$ 360 milhões – montante 8,6% inferior ao atingido no mesmo período de 2007.

Como resposta a esta queda na receita, seus papéis despencaram 10,5%, assim como os da rival Fast Retailing, cuja desvalorização foi menor, de 7,3%. Na mesma esteira, as ações da líder de mercado Seven & I Holdings recuaram 8,4%.

Menor demanda em Xangai
Frente à desaceleração do crescimento econômico na China, tanto produtoras de carvão quanto siderúrgicas vêem seu horizonte de rendimentos declinar, dada a menor demanda para bens primários e energia pela indústria chinesa.

Nesta conjuntura descendente, os ativos das produtoras de energia China Shenhua Energy e China Coal Energy caíram 4%, enquanto os das siderúrgicas Wuhan Iron & Steel e Baoshan Steel declinaram 2,9% e 5,2%, respectivamente.

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Flexibilização bem-vinda em Hong Kong
Após a ação coordenada dos bancos centrais ao redor do mundo, que cortaram seus respectivos juros básicos, as autoridades monetárias de Taiwan, Coréia do Sul e Hong Kong uniram-se ao movimento integrado, tendo os dois primeiros reduzido em 0,25 ponto percentual seus respectivos juros básicos e o segundo realizado um corte maior, de 0,5 ponto.

A bolsa de Hong Kong reagiu bem à flexibilização monetária, explicitando os ganhos através das altas nos setores financeiro e varejista. Destaque para valorização dos papéis dos bancos Industrial & Commercial Bank of China (6,6%), Bank of China (5,4%) e HSBC Holdings (1,9%). No varejo, o otimismo permaneceu: as ações da Esprit Holdings avançaram 4,1%, enquanto as da Li & Fung, que fornece roupas e utensílios à norte-americana Wal-Mart, dispararam 5,4%.

Confira as cotações
O índice Nikkei,da Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão em leve baixa de 0,50%, chegando a 9.157 pontos e, com isso, o acumulado no ano aponta para queda de 40,18%.

Já o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, apresentou forte alta de 3,31%, enquanto o índice Shangai Composite ,da Bolsa de Xangai, caiu 0,84%.

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