Varejo espera fechar setembro com alta de 4,8% nas vendas

Após uma redução da taxa de crescimento, a economia deve passar por um arrefecimento nos próximos meses

O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado todos os meses pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) com seus associados, aponta alta de 4,8% em setembro, em relação ao mesmo período do ano passado. Confirmando a expectativa de arrefecimento da atividade econômica, o volume de vendas também deve apontar alta de 4,7% em outubro e de 5,6% em novembro, em comparação com os mesmos meses de 2010. Este é o quadro projetado pelos associados do IDV, após uma desaceleração da atividade varejista, em virtude de sinais de instabilidade na economia internacional.

Assim como as sondagens anteriores e os resultados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), o segmento de bens não-duráveis estima crescimento entre 1% e 2% para os próximos meses, números muito mais discretos do que os outros segmentos. É importante salientar que, historicamente, este setor tem o maior peso nas medições do IBGE e contribui com cerca de 40% no índice da PMC.

O segmento de bens semiduráveis, como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, estima crescimento entre 4% e 11% para os próximos meses, com alta do ritmo de vendas em outubro e novembro, impulsionado pelo Dia das Crianças e as festas de fim de ano. Em contraste, o varejo de bens-duráveis, como móveis, eletrodomésticos, material de construção, parece que se molda melhor frente às oscilações do mercado e mantém perspectivas positivas para os próximos meses, com taxas de crescimento entre 7% e 10% até novembro.

Nos últimos meses, o noticiário econômico foi marcado pela guinada na política monetária interna e as dificuldades conjunturais das economias maduras, sobretudo a Zona do Euro e os tímidos números observados nos Estados Unidos. Os agentes financeiros internacionais prevêem um longo período de estagnação para os países do primeiro mundo.

Na agenda econômica interna, as últimas semanas foram movimentadas, com o anúncio de corte nos gastos do governo, a inesperada queda de 0,5% da taxa básica de juros e a confirmação de desaceleração do PIB. Além disso, a inflação ainda se encontra em patamares acima do desejado, que, anualizada, atinge 7,23%, a mais alta desde junho de 2005.

Facebook
Twitter
LinkedIn