Você sabe lidar com as críticas no trabalho?

Todos nós, ou a grande maioria, temos dificuldade em aceitar e lidar com as críticas. Com o passar do tempo parece que nos tornamos primorosos em apontar os erros alheios, mas, quando o dedo vem na direção inversa, ficamos bem enfurecidos, magoados e podemos até não externar isso, mas logo damos uma resposta automática de defesa.

Porém, segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental, Heloísa Capelas, precisamos urgentemente treinar o “como ouvir” para podermos dar uma resposta diferente. “Em muitas situações, o que as outras pessoas estão contando a respeito de nós e, em especial, aquelas que estão mais próximas (no entorno pessoal, profissional e social), tende a nos dar indícios importantes sobre os nossos comportamentos, sobre como estamos nos movendo no mundo. Eu chamo isso de ‘placa de sinalização’”.

As pessoas podem nos dizer algo até sem querer, mas quando essas “placas” surgem em forma de crítica, com frequência reagimos negativamente – ficamos ofendidos, quando não culpados ou imediatamente prontos para devolver a crítica.

“As reações impulsivas limitam a nossa capacidade de crescimento, por isso é fundamental trabalhar o processo de autoconsciência, de autoconhecimento. Quando decidimos ignorar a opinião alheia, escolhemos permanecer no mesmo lugar, do mesmo jeito. Então, minha dica é aproveite este momento! Reflita: este comportamento no fundo me pertence? É a partir dos nossos próprios reconhecimentos que podemos mudar o que não está bom, fazer diferente e melhor por nós, para nós e para mudar os resultados à nossa volta”, completa Heloísa.

As placas de sinalização surgem para corrigir os pontos cegos que temos colocado em nossa trajetória. Aqueles que estão ao nosso redor, seres únicos e gregários como nós, podem nos indicar características e comportamentos que, sozinhos, levaríamos muito mais tempo para identificar – e o fazem, ainda que sem saber, com a melhor das intenções.

Isso não significa necessariamente aceitar e acatar tudo como verdade máxima. “Pelo contrário, significa ouvir com abertura e discernimento, dentro de si, para com maior tranquilidade, aprender a seguir por um processo interno e positivo de investigação, descoberta e, quando necessário, mudança”, finaliza a especialista.

 

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