A nova indústria

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Os últimos dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforçam a tendência de contração da atividade industrial no Brasil. Na comparação com 2013, o faturamento real registrou queda de 1,8% em 2014, o pior desempenho dos últimos cinco anos. As horas trabalhadas na produção caíram 3,7% e chegaram ao menor nível desde 2009. Já o número de empregados sofreu redução de 0,7%. Segundo a entidade, uma melhora no cenário não é esperada antes do segundo semestre deste ano.

Na indústria têxtil e de confecção, que tomamos como exemplo na reportagem de capa deste mês, a situação não é diferente. Conforme dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), houve queda de 6,7% nas exportações e alta de 4,8% nas importações, gerando um déficit de US$ 5,9 bilhões na balança comercial, e redução de 4,8% no faturamento que alcançou US$ 55,4 bilhões. Para a instituição, em 2015, o faturamento e o número de empregos devem sofrer nova retração, e o saldo da balança comercial piorar ainda mais.

O cenário não é nada animador, mas não é possível ficar de braços cruzados esperando a melhora da economia internacional e que o governo tome as atitudes necessárias para alavancar o crescimento sustentável do País. A indústria têxtil e de confecção de Santa Catarina, por exemplo, deixou a briga por produção e preços para trás e agora compete tendo como armas a criatividade, a inovação e a sustentabilidade, fortalecidas pelo marketing, e sem descuidar da gestão. Estratégia que pode ser aplicada a praticamente qualquer ramo. Esta é a nova indústria.

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