Os alimentos representaram mais de 70% da inflação registrada na primeira semana de maio, o que comprova o cenário mundial de aumento dos preços desses produtos.
De acordo com o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), divulgado nesta quinta-feira (8) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o grupo Alimentação registrou avanço de preços de 2,06% no período analisado. A inflação média ficou em 0,83%.
Em ambos os casos é possível identificar avanço na inflação. Na última semana de abril, a alta de preços geral foi de 0,72%, enquanto aquela medida no grupo de alimentos foi de 1,69%.
Destaques
Dentre os itens que mais contribuíram para o peso dos alimentos na inflação está o pão francês (+ 8,58%). De acordo com o presidente do Sindipan-SP (Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria de São Paulo), Antero José Pereira, o item ainda deve ficar 10% mais caro este ano ao consumidor.
"Do preço final do pão francês, antes a farinha representava 25% e agora 40%. Então, qualquer 10% que sobe o preço da farinha, passa-se 4% ao pão. Se aumentou 60% a farinha neste ano, irão 24% ao pão", disse.
Outro item que merece destaque é o leite longa vida, que teve inflação de 4,06% na primeira semana de maio. Por outro lado, o feijão carioquinha teve redução de preços de 12,23%, enquanto o ovo de galinha diminuiu em 6,54%, a banana prata, em 8,91,% e a laranja pêra, em 5,75%.
Influências
Em relação ao avanço do grupo entre a última semana de abril e a primeira de maio, os itens que mais contribuíram foram: hortaliças e legumes (de 5,48% para 5,84%), frutas (de 4,39% para 5,38%), arroz branco (de 1,18% para 4,22%), massas e farinhas (de 2,24% para 3,17%) e carnes bovinas (1,28% para 2,23%).