Banco do Brasil financiará compras de automóveis em até 36 meses

O Banco do Brasil irá conceder crédito ao setor automobilístico para a compra de veículos em até 36 meses. A informação foi dada, na última sexta-feira (24), pelo presidente da BDO Trevisan Auditores e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, Antoninho Marmo Trevisan.

Segundo Trevisan, o governo está preocupado com o setor e vai trabalhar para que o sistema de crédito continue operando. "Certamente não nos níveis que tínhamos, em 60 e 80 meses, mas num número razoável como se está fixando agora, em 36 meses", afirmou, conforme publicado pela Agência Brasil.

O conselheiro informou, ainda, que o governo não pretende limitar o número de parcelas neste tipo de financiamento e que a redução nos prazos foi um movimento natural da população. "O que o presidente Lula chamou a atenção foi que já havia, por parte o usuário, uma parcela muito reduzida de pessoas que estavam tomando esse financiamento tão elevado", disse.

Consumidor
Pesquisa realizada pelo Provar/FIA (Programa de Administração do Varejo da Faculdade Instituto de Administração) revela que a intenção de uso do crédito para aquisição de carros e motos cresceu entre os últimos trimestres de 2007 e 2008, mas caiu ao longo deste ano, passando de 91,3% no início de 2008 para 87,1% em outubro.

O fato pode ser explicado pela crise financeira internacional, que causou restrição no uso de crédito e aumento nas taxas de juros. No caso dos automóveis, por ser um financiamento com valor mais alto, o avanço dos juros o torna ainda mais caro para o consumidor.

Outra pesquisa, desta vez realizada pelo site emprestimosbancarios.com.br, com base em dados do Banco Central, revelou que nas duas primeiras semanas de outubro, 36 instituições financeiras elevaram a taxa de juros em financiamentos de automóveis.

Além disso, os dados também mostraram que os bancos diminuíram a concessão de empréstimos de automóveis. No início do ano, os financiamentos da modalidade estavam crescendo ao ritmo de quase 30% ao ano. Porém, após alcançar o pico de R$ 84,1 bilhões em maio, as liberações se estabilizaram, situando-se em torno de R$ 83,6 bilhões ao final de setembro.

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