O Banco Mundial aprovou na última quinta-feira 7 bilhões de dólares em novo financiamento ao Brasil, com prazo de quatro anos, que tem como objetivo investimentos em infra-estrutura, agricultura e no desenvolvimento de projetos do setor privado.
O Banco Mundial também aprovou os primeiros três empréstimos totalizando 1,6 bilhão de dólares sob o novo programa Country Partnership Strategy, que cobre recursos entre 2008 a 2011. O programa anterior de quatro anos foi de cerca de 7,5 bilhões de dólares.
O novo financiamento vai além de apoiar programas internos. Ele também tem como objetivo impulsionar o Brasil como uma economia emergente cada vez mais importante, uma estratégia do presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, para fazer a instituição mais útil para nações em rápido desenvolvimento.
"O apoio do banco vai se focar principalmente em desafios de longo prazo onde o Brasil ainda não aprontou soluções e onde a experiência internacional pode ser particularmente valiosa", informou o banco em comunicado.
"Em respostas às necessidades em alteração do Brasil, o banco fornecerá menos financiamento e mais serviços de informação para o governo federal, e focará a maior parte de seu financiamento em programas estatais", divulgou a instituição.
O Banco Mundial informou ainda que o empréstimo não será destinado a áreas que não estão propriamente desenvolvidas no país.
O anúncio do novo programa de financiamento foi feito um dia depois da elevação do Brasil à condição de grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que deve incentivar o investimento do setor privado na maior economia da América Latina.
O Banco Mundial informou que as necessidades do Brasil se alteraram de maneira significativa desde o programa de financiamento anterior, com a economia agora numa posição mais forte e vulnerabilidades econômicas reduzidas. Cerca de 70 por cento do novo financiamento será destinado aos Estados do país.
"Em vez de grandes empréstimos federais em apoio à balança de pagamentos, a maior parte do programa federal consistirá de programas de assistência técnica de escopo ambicioso, mas de tamanho financeiro modesto, focando os principais desafios do Brasil", informou o Banco Mundial.