Em meio à recuperação recente dos mercados domésticos, os investidores avaliam quais papéis ainda oferecem bom potencial e quais os ativos que já se encontram próximos de seu "valor justo".
De olho no atual momento, os analistas da Merrill Lynch traçaram suas apostas, relacionando os cinco ativos que considera os melhores e os cinco piores da América Latina para quem vislumbra ganhos em um horizonte mais curto de tempo.
A lista das "mais e menos" da América Latina trouxe cinco ativos brasileiros entre os dez do portfólio, sendo os da Duratex, Cemig e Petrobras entre as boas pedidas e os da Eletrobrás e Braskem entre as más.
Cemig, Petrobras e Duratex entre as preferidas
A Merrill Lynch justificou a inclusão dos papéis da Cemig entre as preferidas de seus analistas destacando as perspectivas positivas geradas pelos resultados trimestrais e o anúncio dos dividendos. Estes drivers favoráveis contrastam com a performance recente inferior das ações na comparação com seus pares setoriais.
Para a Petrobras, os analistas ressaltaram que o momento é de se buscar as ações preferenciais, tendo em vista o desconto que as mesmas apresentam na relação às ordinárias. Os elevados patamares do petróleo também foram relacionados como ponto positivo.
Já para a Duratex, a visão da Merrill Lynch é de que as margens operacionais devem melhorar nos próximos trimestres, além da performance dos ativos abaixo dos pares na bolsa.
Eletrobrás e Braskem entre as preteridas
Os resultados divulgados, considerados "fracos" se aliam à recente valorização dos papéis da Eletrobrás na justificativa à sugestão negativa dos analistas.
Em relação aos ativos da Braskem, a Merrill Lynch destacou as preocupações com a ampliação dos custos operacionais da empresa, geradas pela elevação dos preços da Nafta, além de considerarem o impacto favorável do programa de recompra das ações da companhia já precificado sobre os títulos.