O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de parâmetro para as correções oficiais, deve encerrar este ano em 4,66%, de acordo com expectativa média de uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras consultados pelo Banco Central.
Eles elevaram a perspectiva de inflação no varejo, que na semana anterior indicava IPCA de 4,50% – no centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O aumento decorre da tendência de alta dos preços de alguns alimentos; em especial daqueles com cotação internacional, conhecidos como commodities.
Em razão da elevação dos preços de produtos como carne e leite, principalmente, os analistas calculam que o IPCA de abril, antes estimado em 0,34%, deve ficar em 0,43%. Eles também aumentaram de 0,26% para 0,30% a expectativa de inflação para o mês de maio. Ambos abaixo, portanto, do IPCA de 0,48% de março.
A projeção é de alta também para o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP). O IPC-Fipe calculava inflação de 4% na semana anterior, e agora passa para 4,03%. Essa estimativa é só para a capital paulista.
A única indicação de baixa no varejo diz respeito aos preços administrados por contratos ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo e outros). A inflação desses preços estava estimada em 3,55% em 2008, na pesquisa da semana anterior, e caiu para 3,53%.
Os dois indicadores de preços no atacado, pesquisados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) também são de alta. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que antes previa inflação de 5,64%, aumentou para 5,81% no ano; e o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) evoluiu de 5,81%, na semana passada, para os atuais 6,02%.