As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira (12). O índice Nikkei foi influenciado negativamente pelo alto preço do petróleo, alimentando preocupações acerca da inflação crescente, que levaria a um aperto monetário pelos bancos centrais e a uma desaceleração da economia no mundo todo.
A bolsa de Hong Kong também encerrou a sessão em queda, assim como a da China, apoiada na previsão de elevação da taxa básica de juro no país e no mau desempenho do setor petroquímico.
Recessão na Ásia?
O Banco Central da Índia adotou uma política monetária contracionista no último dia 11, pela primeira vez em 15 meses. Como conseqüência, os papéis do JFE Holdings – terceira maior siderúrgica do mundo por produção – desvalorizaram-se em 6,7%, devido à possível queda na demanda indiana.
No mesmo cenário de queda da demanda asiática, as ações da produtora de cimento e pedra calcária Taiheiyo Cement, que obtém cerca de um quinto de seu lucro deste continente, caíram 2,9%.
Ademais, os ativos da Japan Tobacco recuaram 5,3%, após uma proposta pelo Legislativo japonês de triplicar os preços do cigarro através de maiores tributos.
Xangai declina
O mercado prevê que o governo chinês tome medidas para diminuir a inflação no país. Diante deste panorama, os papéis da corretora Citic Securities caíram 7,3%, enquanto os do banco Merchants sofreram variação negativa de 2,9%.
Perante a alta de 3,9% do óleo bruto no último pregão em Nova York, as ações das refinadoras China Petroleum – maior asiática deste setor – e da PetroChina desvalorizaram-se em 3,4% e 3,3%, respectivamente.
Confira as cotações
O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão em baixa de 2,08%, chegando a 13.889 pontos e, com isso, o acumulado no ano aponta para forte queda de 9,27%.
Já o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, apresentou desvalorização de 1,30% enquanto o índice Shangai Composite, da Bolsa de Xangai, caiu 2,21%.