As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira (19). O índice Nikkei foi influenciado negativamente por projeções acerca dos setores financeiro e automobilístico.
A bolsa de Hong Kong também encerrou a sessão com desvalorização, enquanto a bolsa da China despencou, após os investidores especularem que o governo tomará medidas para conter a inflação.
Análises pessimistas
John Paulson, fundador da companhia de hedge funds Paulson & Co, afirmou, em uma conferência em Mônaco, que as perdas dos bancos frente à crise do subprime poderão chegar a US$ 1,3 trilhão. Como conseqüência, os papéis da Chuo Mitsui e da Nomura Holdings – maior corretora nipônica – caíram 5,8% e 7%, respectivamente.
Continuando com as previsões desfavoráveis, as instituições financeiras Citigroup e Deutsche Bank projetaram que a venda de veículos nos EUA poderá cair 20% em junho, em relação ao mesmo período do ano passado, chegando ao patamar mais baixo desde março de 1993. Neste cenário, as ações da Honda recuaram 3,4%, enquanto as da Mazda desvalorizaram-se em 5,5%.
Preços crescentes na China
O presidente do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, falou à imprensa nos EUA na última quarta-feira (18) que o controle da inflação é a maior preocupação do país.
Perante a especulação de possível aperto monetário, os ativos da Ping An Insurance – segunda maior seguradora chinesa – caíram 6,2% em Xangai e 3,4% em Hong Kong, enquanto os da Citic Securities recuaram 10% no índice Shangai Composite.
Ademais, o Macquarie Group diminuiu sua perspectiva de lucro em 13% para a Aluminum Corp. of China, citando maiores custos de produção e preços baixos. Neste panorama, as ações da metalúrgica sofreram variação negativa de 5,9% em Hong Kong e 10% em Xangai.
Confira as cotações
O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão em baixa de 2,23%, chegando a 14.130 pontos e, com isso, o acumulado no ano aponta para forte baixa de 7,69%.
Já o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, apresentou baixa de 2,28% enquanto o índice Shangai Composite, da Bolsa de Xangai, despencou 6,54%.
