As principais bolsas asiáticas se recuperaram nesta quarta-feira depois de atingirem mais cedo o pior nível em dois meses, com um dólar forte ajudando empresas voltadas para exportação. Enquanto isso, os preços de títulos de governo caíram pressionados por temores de inflação que deixaram os investidores na expectativa de uma alta nas taxas de juros pelo mundo.
Às 7h46 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne mercados da Ásia-Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,23 por cento, aos 456 pontos.
O índice Nikkei fechou com valorização de 1,16 por cento, aos 14.183 pontos, depois de atingir o pior nível em dois meses. Dentre os destaques positivos da sessão foram a fabricante de robôs Fanuc e a fabricante de câmeras Canon.
"O mercado está caminhando junto com o que parece ser uma mudança na política dos Estados Unidos para conter a queda do dólar", afirmou Toshihiko Sakai, gerente de câmbio no Mitsubishi UFJ Trust and Banking.
A ameaça de uma impacto nos lucros pela inflação ainda assombra investidores apesar da pequena recuperação nos índices asiáticos.
Mesmo países como Japão, que durante a maior parte do tempo foi poupado das altas nos preços ao consumidor, estão começando a sentir o aperto. O aumento nos preços gerais no mês passado na segunda maior economia do mundo foi o maior em 27 anos, segundo relatório.
"O Japão ainda não está realmente afetado pela inflação como outros países, mas aqui os preços também estão subindo e a economia está desaquecendo, com receios sobre esses aumentos limitantes nas ações", explicou Yutaka Miura, analista sênior na Shinko Securities.
A gigante de tecnologia Samsung Electronics impulsionou a bolsa de SEUL, que avançou 0,41 por cento, para 1.781 pontos.
A bolsa de Xangai apresentou desvalorização de 1,57 por cento, a 3.024 pontos, a sexta sessão consecutiva de queda. O índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong perdeu 0,21 por cento, para 23.327 pontos. Na contramão, a Austrália avançou 0,55 por cento, aos 5.467 pontos.
Taiwan teve queda de 0,29 por cento e Cingapura avançou 0,45 por cento.