Bolsas da Europa sobem, ainda ajudadas por medidas

 As principais bolsas européias operam em forte alta hoje, ainda sentindo o efeito das novas medidas dos governos globais para enfrentar a crise financeira mundial. "As garantias estatais e a possível recapitalização deverão ajudar a restaurar a confiança no mercado", disse o ING Financial Markets.

Às 8h30 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 5,59%, a de Paris avançava 5,39% e a de Frankfurt ganhava 5,41%.

Ontem, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e Itália disseram que vão investir dezenas de bilhões de libras e euros em fatias de bancos em dificuldades, além de oferecer centenas de bilhões em mais garantias com o objetivo de ajudar as instituições financeiras a ter acesso aos recursos que precisam para tocar seus negócios. Agora, a expectativa é que o governo americano adquira fatias em nove das principais instituições financeiras do país como parte do novo plano para restaurar a confiança no sistema.

"Esses esforços deverão garantir que nós evitemos um cenário de rápido declínio rumo à deflação, pedidos de concordata generalizados no setor bancário e uma recessão muito profunda e prolongada", disseram analistas do Société Générale. As ações deste, aliás, subiam 7% em Paris nesta manhã. Ontem, o banco disse esperar obter lucro líquido no terceiro trimestre e reiterou que não prevê perdas significativas em suas atividades com produtos estruturados.

Ainda no setor financeiro, a seguradora holandesa Aegon subia 19%, enquanto o alemão Deutsche Bank disparava 17%. Em Londres, Royal Bank of Scotland (RBS) subia mais de 7%. Barclays, que ainda precisa detalhar seu aumento de capital, ganhava 12%. Standard Chartered e HSBC, que recusaram o investimento para recapitalização oferecido pelo governo, subiam 8,6% e 2,4%, respectivamente.

Com o mercado em recuperação, os investidores conseguem voltar a dar um pouco de atenção aos balanços. Cadbury subia quase 7%, depois de anunciar aumento de 6% de suas vendas no terceiro trimestre. A cervejaria SabMiller , que registrou aumento de 3% de suas vendas no semestre até 30 de setembro, subia 0,93%. A fabricante alertou sobre as perspectivas cada vez mais incertas para o restante do ano fiscal, já que os custos mais elevados dos insumos se somam à demanda mais fraca.

A mineradora Vedanta era um dos destaques de seu setor, em alta de mais de 12%. O grupo produziu volumes recordes de alumínio, zinco e minério de ferro em seu primeiro semestre fiscal, terminado em 30 de setembro, mas disse que a produção de cobre diminuiu por causa de fechamentos para manutenção. Outras mineradoras também avançavam, como BHP Billiton (+10%).

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