O Brasil alcança neste mês a marca inédita de 30 milhões de carteiras assinadas. *É um número muito forte para economia e mostra que mesmo com o atual índice de inflação, o País continua gerando empregos formais e batendo recordes*, destacou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele reafirmou, ainda, a previsão de mais de 1,8 milhão de novos empregos e o crescimento de mais de 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos 12 meses, foram criados 1.755.502 postos, o que corresponde a um crescimento de 6,21%, resultado superior ao identificado no mesmo período do ano anterior (+1.374.179 ou + 5,05%). O desempenho representa a expansão de 3,63% do emprego formal no ano – um número recorde na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira. Em maio, houve a inserção de 202.984 trabalhadores no mercado formal.
Setores
Todos os setores apresentaram aumento do número de pessoas com carteira assinada em maio de 2008. Em termos absolutos, Serviços se destacou, com o incremento de 55.361 vagas (+0,47%). Os segmentos que mais contribuíram para o resultado foram os Serviços de Comércio e de Administração de Imóveis (+20.587 postos ou +0,68%), os Serviços de Alojamento Alimentação Reparação e Manutenção (+9.846 postos ou +0,23%) e os Serviços de Transportes e de Comunicação (+8.948 postos ou +0,57%).
O setor Agrícola também apresentou um comportamento favorável no mês passado. Ele respondeu pelo acréscimo de 41.107 vagas com carteira assinada (+ 2,97%). Influenciaram decisivamente para o desempenho o cultivo do café e da cana-de-açúcar no sul do Brasil e a Indústria de Transformação, com a geração de 36.701 empregos (+0,51%).
Pouco mais de 30% do resultado da Indústria de Transformação está concentrado na Indústria de Produtos Alimentícios e Bebidas (11.103 ou 0,64%). Em seguida, aparecem a Indústria Têxtil e do Vestuário (+5.094 postos ou + 0,55%), a Indústria de Material de Transportes (+ 4.469 postos ou + 0,89%), a Indústria Química (+3.760 postos ou +0,52%), e a Indústria Metalúrgica ( +3.696 postos ou +0,51%).
Comércio e Construção Civil acompanharam o ritmo de crescimento no quinto mês do ano. O Comércio foi responsável pelo aumento de 29.921 empregos (+0,46%), o terceiro melhor resultado do mês da série do Caged. A Construção Civil continua apresentando desempenho recorde, com a criação de 28.670 empregos (+1,73%), saldo 108,8% superior ao ocorrido em maio de 2007 (+13.732 postos ou + 0,97%).
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De janeiro a maio de 2008, o setor acumulou uma alta de 10,48% ou geração de 160.395 empregos, a maior taxa do período, dentre os setores e o melhor desempenho relativo e absoluto da série do Caged. A área Extrativa Mineral foi responsável pela criação de 1.864 postos de trabalho (1,11%).
Regiões – Houve expansão do número de contratações formais em todas as regiões brasileiras no período: Sudeste (+140.901 postos ou +0,96%), Sul (+23.218 postos ou +0,42%), segunda maior geração do período, sendo menor que a ocorrida em maio de 2004: +33.546 postos; Centro-Oeste (+13.462 postos ou +0,63%), segundo maior saldo para o mês, superado pelo registrado em maio de 2004: +20.978 postos; Nordeste (+19.117 postos ou +0,46%), Norte (+6.286 postos ou +0,51%)
São Paulo continua a liderar a geração de empregos no País (+ 75.734 ou + 0,76%), seguido por Minas Gerais (+37.968 postos ou +1,18%), Paraná (+16.739 postos ou 0,83%) e Rio de Janeiro (+16.195 postos ou +0,56%). Por conta de fatores sazonais negativos vinculados às atividades da cana-de-açúcar, o estado de Alagoas apresentou redução de 7.645 postos de trabalho (-3.44%).
Em maio, o emprego formal do conjunto das nove regiões apresentou elevação de 0,54%, em decorrência da criação de 66.057 postos de trabalho. O resultado é menor que o registrado no interior dos estados desses aglomerados urbanos (106.415 vagas formais ou +0,96%).
O dinamismo do complexo cafeeiro e sucroalcooleiro no Centro-Sul justificam o desempenho. Dessa forma, o interior dos estados beneficiados pela sazonalidade positiva dessas atividades foram os que mais se destacaram: São Paulo (+49.397 postos ou +1,04%) e Minas Gerais (+30.396 postos ou +1,51%). No caso das áreas metropolitanas, as que mais se sobressaíram foram São Paulo (+26.337 postos ou +0,50%) e Rio de Janeiro (+10.071 postos ou +0,47%).