Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgado no último dia 20, aponta que o desemprego entre jovens de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior do que entre os trabalhadores acima dessa faixa de idade. No entanto, nesse cenário, o setor de telesserviços merece ser destacado. Além de ser apontado como a principal porta de entrada de jovens sem experiência para o mercado de trabalho, é também um dos que mais emprega no país com carteira de trabalho assinada. "Hoje, 45% das pessoas que trabalham nas empresas de call center têm de 18 a 24 anos", diz Jarbas Nogueira, presidente da ABT – Associação Brasileira de Telesserviços.
E ficou no passado a conotação de que esta atividade é somente uma chance de conseguir o primeiro emprego. A maioria das empresas tem planos de carreira para os funcionários. Assim, são vários os exemplos de pessoas que, após iniciarem na operação, seguem rumo ao topo. Cristiane Guaranha, 38 anos, trabalha em empresas de telesserviços desde os 15 anos, sempre registrada. Começou como teleatendente em uma das primeiras companhias de call center do país e, hoje, dirige a área de marketing da Vidax, empresa com oito mil funcionários. "É possível crescer e fazer uma boa carreira, já que o mercado está em constante desenvolvimento e expansão", diz Cristiane.
O setor de telesserviços tem registrado nos últimos anos um crescimento médio de 10% ao ano, seja em faturamento ou geração de empregos. Dados da ABT apontam que, em 2006, 675 mil pessoas terminaram o ano trabalhando nas centrais de atendimento distribuídas por todo o Brasil. No final do ano passado, já eram 750 mil empregados, com faturamento de cerca de R$ 5 bilhões somente entre as terceirizadas. "Nossa expectativa é alcançar a marca de um milhão de empregos diretos até 2010", finaliza Nogueira.



