O DPDC (Departamento de Defesa do Consumidor) sugeriu, em uma audiência pública realizada na última quarta-feira (27), que os consumidores que ligarem para call centers tenham o direito de falar com um atendente de forma mais ágil.
Pela proposta, a pessoa que ligar para um desses serviços poderá optar para falar com um atendente logo pela primeira opção no menu. As empresas também teriam que preparar profissionais capacitados para receber as demandas e transferir as ligações, no máximo, para outro atendente.
Segundo o Ministério da Justiça, caso o problema do consumidor não seja resolvido com a ligação, a companhia teria até cinco dias corridos para entrar em contato com essa pessoa.
Para o diretor do CPDC, Ricardo Morishita, o número de reclamações nos Procons de pessoas que ligam para os call centers é constante. *Essas pessoas ficam muito tempo esperando pelo atendimento e ainda não conseguem ter o problema resolvido*, afirma.
Melhorar o atendimento
O Ministério da Justiça irá realizar quatro audiências públicas até maio deste ano, para discutir formas de melhorar o atendimento ao consumidor nessas centrais de atendimento telefônico.
Nas reuniões serão discutidos os problemas no serviço pelos setores responsáveis pelo maior número de reclamações, como transporte aéreo, sistema financeiro e telecomunicações, que inclui telefonia fixa e móvel, TV a Cabo e Internet.
*Esse tipo de abuso, que obviamente não envolve todas as empresas, tem que terminar. O consumidor não é um objeto, ele tem que ser tratado como cidadão de maneira respeitosa*, afirmou o ministro Tarso Genro, durante a primeira audiência, realizada na última quarta-feira (27).
Já para a secretária de Direito Econômico, Mariana Tavares, as empresas devem garantir que o consumidor seja devidamente atendido. *As demandas levadas aos fornecedores precisam ter uma solução rápida e que melhor atenda a solicitação do cliente*, afirmou.