Ceasa do RJ isentará de aluguel agricultores prejudicados por enxurrada na regão serrana

 Produtores rurais dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro prejudicados pelas fortes chuvas e avalanches de terra ocorridas no último dia 12 não precisarão pagar aluguel para vender seus produtos na Companhia de Abastecimento (Ceasa) do estado, em Irajá, subúrbio da capital fluminense.

 

A Secretaria de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca anunciou que isentará diaristas e mensalistas de áreas comprovadamente atingidas pela enxurrada para ajudar a atenuar os prejuízos. A medida vale para o mês de fevereiro, mas pode ser estendida.

 

"Eles [produtores] são identificados caso a caso para não haver favorecimento. A produção rural varia de área para área. Vai depender da safra e do que ele leva para lá. Identificamos os locais atingidos e a partir daí concedemos isenções", disse o secretário de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto.

 

A Ceasa ainda não contabilizou o número de produtores que receberão isenção. Uma lista preliminar indica que pelo menos 21 teriam direito ao benefício. Com a isso, os diaristas poderiam economizar R$ 12 e os mensalistas, R$ 44.

 

Além de produtores dos sete municípios que decretaram estado de calamidade, acrescentou Peixoto, o governo estuda ampliar a isenção para produtores de áreas vizinhas, que plantavam em várzeas de rios arrasadas pela enxurrada de janeiro.

 

Com o fechamento dos dados obtidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RJ) e o cruzamento com informações sobre seguros, Peixoto avaliará a necessita de estender a isenção a essas localidade e não descarta ampliar o benefício por mais um mês.

 

A Associação de Produtores de Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio (Apherj) acredita que a economia com os aluguéis de bancas, mesmo sendo pequena, pode aliviar os gastos de agricultores que perderam boa parte da produção ou que terão dificuldade para replantar.

 

Segundo o presidente de Apherj, Delcy Resende da Silva, o período mais difícil já passou, mas a produção ainda não foi normalizada por problemas no fornecimento de energia elétrica, prejudicado com a queda de postes e falhas na rede.

 

"À beira do Rio Grande, onde a enchente passou, não sobrou nada. Vão ter que começar a preparar o solo para depois plantar. No alto, o que mais atrapalhou e que pode se refletir em março, foi a energia, porque não tendo água, não se molha [as plantas] e se não molha, morrem", disse Silva.

 

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