CNI prevê que oferta crescerá em ritmo mais intenso

O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, avalia que a oferta interna deve crescer em ritmo cada vez mais intenso, diminuindo a diferença que existe hoje entre a expansão da demanda e o aumento da produção nacional. Segundo Castelo Branco, o empresário, hoje, sente necessidade de aumentar os investimentos, porque há uma perspectiva favorável na economia.

*As empresas sentem necessidade de aumentar os investimentos, porque, se não investirem, não conseguirão atender à demanda*, afirmou o economista. Acrescentou que a redução do custo do capital financeiro – com as sucessivas quedas da TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo), no ano passado – e a redução do custo tributário, em razão das desonerações realizadas, formam um ambiente favorável aos investimentos da indústria. *Esses dois fatos são um aspecto relevante para esse cenário*, disse o economista.

Castelo Branco afirmou também que uma eventual elevação da taxa básica (Selic) de juros pelo Banco Central poderia *amortecer* o crescimento econômico e afetar os investimentos com uma reversão das expectativas do setor empresarial. Fez a ressalva de que medir o impacto de uma alta da Selic nos investimentos é algo que depende do tamanho da elevação dos juros e do tempo de duração.

O economista disse acreditar que não há necessidade de uma elevação da taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 15 e 16 deste mês. Castelo Branco destacou que o câmbio favorável às importações tem feito com que a demanda interna esteja sendo atendida, em parte, pelas compras no exterior, ao contrário do que ocorreu em 2004, quando havia uma pressão do câmbio em torno de R$ 3,00 por dólar, o que não permitia que as importações exercessem esse papel de contenção da inflação.

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