Estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o Brasil deve colher, em 2011, 43,54 milhões de sacas de 60 kg de café arábica e conilon. A segunda estimativa da safra mostra que a produção do grão será 9,5% inferior a registrada na temporada 2010, quando atingiu 48,09 milhões de sacas. O motivo da redução é a bienalidade do produto, que está no ciclo de baixa produtividade.
A produção deste ano será, no entanto, cerca de 10% superior à verificada em 2009, último ano de ciclo baixo da cultura. Isso deve ocorrer por causa das chuvas registradas a partir da última semana de setembro nas principais regiões produtoras, sobretudo no sul e Zona da Mata de Minas Gerais e na maioria das áreas cafeeiras de São Paulo e Paraná. As chuvas possibilitaram a elevação e recuperação da umidade do solo, estimulando o florescimento. Nas demais regiões, houve mais frequência e intensidade de precipitações em outubro, favorecendo o desenvolvimento das plantas, a indução e o pegamento da florada.
Área
A área total plantada com café no País, estimada em 2.282,1 mil hectares, é 0,31% ou 6.138 hectares inferior à cultivada na safra passada, que somou 2,28 milhões de hectares.
A maior redução se dará na produção de café arábica, com queda de 12,6% (4,64 milhões de sacas). Para a produção do robusta (conilon), a previsão aponta um crescimento de 0,8%, ou seja, 90,7 mil sacas. O arábica representa 73,9% da produção do País (32,18 milhões de sacas), e o maior produtor é o estado de Minas Gerais, com 67,9% do total (21,85 milhões de sacas).
Já o robusta participa com 26,1% (11,36 milhões de sacas), com destaque da variedade para o Espírito Santo, com 71,2% (8,1 milhões de sacas) da produção.
O levantamento foi realizado por técnicos da Conab e de instituições parceiras, no período de 3 a 29 de abril de 2011. Eles visitaram as áreas de maior produção dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia.