Itens de higiene pessoal e beleza encareceram abaixo da inflação no ano passado. Enquanto o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) ficou em 4,5% em 2007, o índice de produtos de higiene pessoal avançou apenas 2%, enquanto os de beleza sofreram inflação de 1,6%.
Os dados são da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), que ainda mostrou que a utilização de tecnologia de ponta e o aumento da produtividade barraram um avanço maior dos preços de itens de cosmético, perfumaria e higiene pessoal no ano passado.
Setor
O setor cresceu 9,7% em 2007 – deflacionado pelo IPC da Fipe. O PIB (Produto Interno Bruto) do período foi de 5,4%. Outros fatores que incentivaram o crescimento do setor foram o ingresso maior das mulheres no mercado de trabalho e o aumento da expectativa de vida, junto com a necessidade de conservar o aspecto jovial.
Em relação ao mercado mundial de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, o Brasil ocupa a terceira posição, de acordo com o Euromotor, com 6,7% de participação. À frente, estão os Estados Unidos, com 18,7% de participação e o Japão, com 11%. Quando são analisados os produtos infantis, o País sobe para a segunda posição.
Classes sociais
O aumento do setor também pode ser atribuído à maior capacidade de consumo das classes sociais C, D e E. De acordo com pesquisa da LatinPanel, "os consumidores não querem apenas o necessário – passam a buscar, venerar e mesmo adorar o supérfluo".
Os dados mostram que, em um ano, o brasileiro experimenta pelo menos seis marcas de sabonete e três de shampoo para encontrar um produto de seu gosto.