Com valorização acumulada de 2,96% na última semana, o Ibovespa finalmente rompeu a resistência do canal de baixa que perdurou cerca de 3 meses, insinuando uma recuperação mais consistente por parte do mercado.
Entretanto, o volume bem abaixo da média e o Doji – candlestick de reversão – no campo negativo apresentado no gráfico diário merecem especial atenção, pois, conforme salienta Rubens Góes, analista da Ativa Corretora, pode sinalizar um possível "desinteresse" dos investidores pelo benchmark.
Decidindo o rumo
Para confirmar a reversão da tendência de baixa e afastar os indícios de um rompimento falso, os analistas da Itaú Corretora enfatizam que o Ibovespa deverá necessariamente ultrapassar os 56.430 pontos, deixando definitivamente para trás a LTB (Linha de Tendência de Baixa) instaurada em 29 de maio.
Caso o fato não suceda, a corretora espera que o mercado encontre imediatamente suporte na casa dos 55.000 pontos, para logo após se deparar diante os 54.000 pontos.
Abaixo dos perímetros, o Ibovespa topa com os 53.000 pontos, principal suporte do gráfico diário, que se perdido pode engatar um movimento mais intenso de correção, rumo aos 48.800 pontos.
De olho na compra
No lado positivo, Góes indica alguns indicadores técnicos apontando para o lado da compra, como o Trix e o Estocástico, que concedem força para o índice alcançar os 56.430 pontos com volume.
Acima da região, o analista da Ativa antevê a busca direta dos 57.500 pontos, com vista para os 58.000 pontos, que caso ultrapassados, podem virar o novo suporte do índice.
Com a reversão total da tendência para alta a partir deste ponto, os analistas da Itaú Corretora traçam próximo objetivo na casa dos 60.000 pontos, região que, uma vez rompida, abrirá espaço para os 63.130 pontos, o que poderá levar o índice de volta para o patamar do primeiro investment grade, promovido pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s.