Quando o assunto é acidente de trabalho, a construção civil pode ser chamada de ex-campeã. Apesar de integrar esse triste ranking e exibir estatísticas preocupantes, a construção assumiu recentemente o segundo lugar. Quem hoje está no topo desse grave problema é o setor de transportes, mais especificamente o que inclui motocicletas. Só na cidade de São Paulo há pelo menos três acidentes fatais com motociclistas todos os dias.
Com muitas construções informais, que não chegam a registrar os acidentes ocorridos no canteiro de obras, e uma expressiva mão-de-obra – é um dos setores que mais emprega no Brasil -, o nicho começa agora a colher os resultados do alto empenho para baixar esses números. O que também colabora para a queda é a tecnologia do setor, que tem apresentado novidades em máquinas e equipamentos para combater o risco e a negligência no trabalho.
Algumas medidas se destacam por sua grande eficácia, caso do guarda-corpo exigido em todos os andaimes metálicos, das escadas de acesso acopladas ou incorporadas e dos pisos antiderrapantes em toda a extensão do andaime. Outros importantes aliados são os elevadores de obras com sistema de segurança mais eficaz, que incluem cabines fechadas e a exigência de, no mínimo, dois aparelhos a partir de obras com oito pavimentos.
De acordo com Expedito Arena, diretor da franquia Casa do Construtor – Aluguel de Equipamentos e presidente da Alec, "os equipamentos hoje alugados para construtoras ou pequenas obras são sempre revisados e levados na mais perfeita condição de uso. Além disso, a rede oferece uma série de equipamentos de segurança na hora em que um andaime ou uma betoneira saem da loja", afirma o executivo.
O setor que vive um dos melhores momentos da história da construção civil no país passa a investir em equipamentos que agilizem o processo da obra e dão conforto, comodidade e segurança ao trabalhador. Já estão em operação, por exemplo, plataformas elevatórias em substituição aos velhos andaimes. Máquinas com abafadores de ruídos e amortecedores de impacto também já são vistas no braço do operador. "Queremos investir em tecnologia e qualidade para diminuir drasticamente os índices de acidentes de trabalho e mudar para melhor a cara da construção civil brasileira", diz Arena.