A bolsa da China fechou em queda nesta terça-feira (23), influenciada negativamente por alimentícias e construtoras.
Semelhantemente, a bolsa de Hong Kong também encerrou com desvalorização, afetada por companhias aéreas e instituições financeiras. Os mercados japoneses não operaram nesta sessão devido ao feriado de Shubun-no-hi (dia do equinócio do outono).
Xangai declina
Refletindo a ordem do Estado para a destruição imediata de 69 produtos envenenados fabricados por 22 companhias chinesas produtoras de leite infantil, os papéis das alimentícias Inner Mongolia Yili Industrial e Group Bright Dairy & Food despencaram ao limite diário de 10%.
De acordo com o governo, o leite está contaminado com melamina, um tipo de material plástico correlacionado com casos de pedras no rim. Cerca de 53 mil crianças chinesas já foram contaminadas pelo leite envenenado, culminando em suspensão da importação de laticínios por paises africanos e asiáticos.
Contribuindo para a queda em Xangai, as ações das construtoras China Vanke e Poly Real Estate Group declinaram 7,6% e 5,3%, respectivamente, após uma pesquisa realizada pelo People’s Bank of China apontar que a proporção de famílias propensas a adquirir uma casa caiu ao patamar mais baixo desde 1999, ano debutante da pesquisa.
Hong Kong em foco
Perante a expectativa de que as medidas intervencionistas tomadas pelo Tesouro dos EUA não serão suficientes para abrandar a crise do subprime, os ativos do banco HSBC recuaram 2,1%, assim como os da varejista Esprit Holdings, cuja desvalorização foi maior, de 6,1%.
Por fim, refletindo a forte alta de 15% na cotação do petróleo em Nova York, os papéis das companhias aéreas Air China e China Eastern Airlines declinaram 5,4% e 3,%, respectivamente. Tal pessimismo justifica pelos custos com combustível querosene serem muito onerosos para o setor.
Confira as cotações
O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, apresentou forte baixa de 3,87% e atingiu 18.873 pontos, assim como o índice Shangai Composite, da Bolsa de Xangai, que caiu 1,56%.