Segundo pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e divulgada em evento da Felaban (Federación Latinoamericana de Bancos), o volume de crédito em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) alcançou 34,7% em dezembro de 2007.
O volume de crédito está em constante crescimento. Em dezembro de 2006, ele alcançou 30,7% do PIB, mesma proporção de janeiro do ano passado. Desde então, o volume vem subindo, chegando a 32,4% em julho de 2007. Os dados são divulgados em um momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o crescimento do crédito.
"É muito importante o crédito continuar crescendo, é muito importante o consumo continuar crescendo, mas todo mundo sabe que é importante que cresçam os espaços nas fábricas para produzir", disse Lula em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Pessoa física
Segundo o diretor da Partner Conhecimento, consultoria especializada em cartões e serviços financeiros, Álvaro Musa, o segmento de crédito para pessoa física representava 2% do PIB nacional há 12 anos, mas já atinge um patamar de 9% do PIB. Ele prevê que o crédito oferecido possa chegar a R$ 400 bilhões em 2012.
Com essa evolução, as taxas de juros no segmento de crédito à pessoa física (sem contar o imobiliário) deverão chegar a 30% ao ano entre 2009 e 2010.
Há cinco anos, a taxa média chegava a 100% a.a. No início do ano passado, era de 60% a.a. e, ao final de 2007, recuou para 43% a.a. "Uma das razões para isso é que, quanto maior o volume emprestado, se torna mais viável aos bancos diminuir o custo do dinheiro", disse.