Um consórcio de 10 bancos comerciais e de investimentos globais anunciou ontem à noite planos de oferecer US$ 70 bilhões para ajudar a amenizar o aperto do crédito. Os americanos Bank of America, Citibank, Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Merrill Lynch e Morgan Stanley; os suíços Credit Suisse e UBS, além do britânico Barclays e do alemão Deutsche Bank disseram, em comunicado conjunto, que "iniciaram uma série de ações para ajudar a melhorar a liquidez e mitigar a volatilidade sem precedentes e outros desafios que afetam os mercados de dívida e acionários globais".
Os bancos concordaram em criar "uma facilidade de empréstimos com garantias" de US$ 70 bilhões, com cada banco contribuindo com US$ 7 bilhões. Os 10 bancos poderão acessar a linha de crédito, com cada banco elegível a até um terço dos recursos. A quantia poderá ser expandida se mais bancos se juntarem ao programa. Eles também disseram que trabalharão juntos "para ajudar a facilitar uma resolução ordenada" das exposições a derivativos entre o banco de investimento Lehman Brothers e suas contrapartes.
"Os bancos estão comprometidos em continuar trabalhando próximos um do outro, bem como com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) o órgão regulador do mercado de valores mobiliários americanos (a SEC, na sigla em inglês), governos e reguladores ao redor do mundo e outros participantes do mercado, para assegurar que a indústria está fazendo tudo para oferecer liquidez adicional e segurança para nossos mercados de capital e sistema bancário", informaram eles.
O anúncio foi feito momentos após o Fed anunciar novas medidas para facilitar o acesso a crédito emergencial para instituições financeiras com dificuldades, ampliando a garantia a ser usada em empréstimos no banco central. As linhas especiais de crédito do Fed foram aumentadas de US$ 175 bilhões para US$ 200 bilhões.