O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou nesta segunda-feira que com os planos anunciados domingo na Eurozona e sexta-feira pelo G7 não existe motivo para que a confiança não retorne ao sistema financeiro.
"Penso que (a confiança) deve voltar. Penso que hoje não há razão, nem para os depositantes, nem para os que atuam no mercado, nem para os empresários, para ter medo", declarou o francês Strauss-Kahn à rádio Europe 1.
"Foram dadas garantias, a determinação política é total", acrescentou.
"O plano da Eurozona e o do G7 devem fornecer os elementos que permitem tranqüilizar uma situação que, no entanto, é muito muito irracional", prosseguiu Strauss-Kahn, que reiterou a necessidade de "intervenção em massa" por meio de um plano "global e coordenado".
Os 15 países do Eurogrupo estabeleceram um plano para enfrentar a crise financeira centrado em dois pilares: a garantia dos empréstimos interbancários e o apoio às instituições para evitar falências, recorrendo inclusive a recapitalizações.
Na sexta-feira, os ministros das Finanças do G7 adotaram um plano de cinco pontos para retirar o mercado da crise, permitir que os bancos obtenham capitais do setor público e privado e liberar o mercado do crédito imobiliário.
"Sempre fui partidário da economia de mercado, mas de uma economia de mercado regulamentada, organizada, onde não se deixa que o mercado domine, e que está a serviço das ambições sociais", declarou o diretor geral do FMI.