As sacolas ecológicas – ECOBAGS – ganharam a simpatia geral como alternativa ambientalmente amigável às necessidades cotidianas de transportar as compras. As campanhas pelo consumo responsável, em substituição aos plásticos – sempre tidos como os vilões em matéria de poluição ambiental – estimulam o uso das ECOBAGS e apresentam uma infinidade de opções disponíveis no mercado. Mas o plástico hoje se mostra, além de versátil, sustentável e ecologicamente correto, também quando a aplicação é em sacolas.
Hoje o plástico figura entre as sacolas fashion, de grife, como por exemplo, no trabalho de Juliana Suarez, designer paulistana, criadora da grife marialixo, que reutiliza sacolas plásticas de supermercado para a confecção de bolsas e sacolas. "A indústria da moda começou a prestar atenção nas potencialidades comerciais e ambientais dos materiais plásticos. As pessoas não têm noção de como funciona o ecossistema. A produção de um metro de algodão branco, por exemplo, consome grandes quantidades de água. Ser ambientalmente responsável, não significa abolir um ou outro material, mas consumi-los de forma sustentável", afirma Suarez.
Os plásticos também figuram entre as chamadas ECOBAGS RETORNÁVEIS, aquelas mais usadas no dia-a-dia, já encontradas nos supermercados do País para as pessoas que conseguem fazer suas compras em porções não muito grandes, possíveis de serem carregadas de uma só vez. Isso porque apresentam vantagens sobre outros tipos de material: são fáceis de limpar, sem a utilização excessiva de água, evitam contaminações de resíduos das compras, são impermeáveis, além de oferecerem diversas possibilidades de design e impressão. Ainda por cima, há a vantagem de também serem 100% recicláveis, como todos os plásticos.
Por fim, também são de plástico as sacolas de supermercado. Hoje há uma atenção a esses produtos para que sejam, além de descartadas corretamente e recicladas, utilizadas em menor quantidade (uso racional) – e, para tanto, a qualificação das sacolas tem sido um trabalho intenso da indústria. Para reforçar esse conceito, foi lançado, em maio, o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, acordado pela Plastivida instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, o Instituto Nacional do Plástico (INP) e a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief), além das associações de supermercados do País. Utilizadas adequadamente, as sacolas de supermercado não perdem suas funções já incorporadas ao cotidiano das pessoas.
Uma pesquisa Ibope, realizada em outubro do ano passado com mulheres das classes B, C e D, revelou que, das 600 ouvidas, 100% afirmaram que usam a embalagem para o descarte do lixo doméstico, dispensando o uso de sacos plásticos para esse fim. Fora isso, foram listadas mais de 40 aplicações para as sacolas plásticas (colocar o guarda-chuva molhado na bolsa, as roupas sujas e os calçados na mala de viagem, entre outras).
Os plásticos se tornam sustentáveis quando suas características, como a durabilidade, por exemplo, são usadas em favor de suas aplicações. A Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos apóia as ações responsáveis ligadas ao consumo e pós-consumo dos plásticos, elementos que estão presentes no dia-a-dia das pessoas em todos os momentos. Assim, os 3Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar são conceitos fundamentais.
Fazer com que seja ambientalmente sustentável depende não apenas do produto em si, mas de seu uso adequado e consciente.