Economista diz que é cedo para avaliar impacto do reajuste do diesel

Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, é prematuro estimar o impacto do reajuste de 15% do óleo diesel na inflação. O aumento, que entrou em vigor na última sexta-feira (2), é para o combustível que sai das refinarias. Nas bombas, a alta ficou estimada em 8%.

Assim como o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, André Braz acredita que a redução da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) para a gasolina e o fato da frota de carros de passeio a diesel ser pequena, faça com que o consumidor não sinta o repasse do aumento. "O preço ficaria próximo ao que tem vigorado (…). Então praticamente não se sente".

Preço no atacado será alterado
Se para o consumidor a alta do diesel não será sentida, no IPA (Índice de Preços por Atacado) o reajuste do combustível poderá ter um efeito maior. De acordo com o economista da FGV, "para qualquer ponto percentual de aumento do diesel no atacado, o reflexo no IPA é em torno de 0,03 ponto percentual". O óleo diesel tem peso de 2,5% no IPA.

No que diz respeito aos fretes, o aumento pode ter reflexo no mercado de produtos industrializados. Contudo, na avaliação do economista, os efeitos não serão sentidos de imediato.

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