Em artigo ao WSJ, Bernanke afirma que plano trará confiança aos mercados

Em artigo publicado pelo The Wall Street Journal nesta terça-feira (14), o presidente do Federal Reserve Ben Bernanke reafirmou sua confiança nas medidas governamentais para restaurar a estabilidade no setor financeiro nos Estados Unidos.

Em meio à expectativa por detalhes do plano de ajuda ao setor financeiro, em especial de uma massiva capitalização das instituições norte-americanas no montante de US$ 250 bilhões, o chairman do Fed afirmou que não sossegará "enquanto não forem alcançados os objetivos de reparar e reformar o sistema financeiro".

Esforço global
Bernanke também deu boas vindas às medidas adotadas por outros países para combater a crise, como os planos recém-anunciados por Alemanha, França e Reino Unido. "Também é encorajador ver não somente uma resposta nacional para a crise, correspondente à sua natureza global", afirmou, antes de reforçar que os passos tomados ao redor do mundo têm sido "extraordinários".

Ressaltada por muitos especialistas como importante instrumento de política monetária, a comunicação tem sido amplamente utilizada por Bernanke e outras autoridades governamentais dos EUA para passar tranqüilidade aos mercados, com sucessivos pronunciamentos do presidente Bush a respeito da crise.

Resposta em tempo
Em seu artigo, o chefe da autoridade monetária norte-americana ressaltou que as respostas governamentais em tempos de crises severas costumam ser demoradas, acarretando grandes custos por sua inércia. "Com sorte, esta não é a situação que enfrentamos no momento", ressaltou.

Reforçando ser responsabilidade imediata das autoridades o restabelecimento da confiança nos mercados de crédito, Bernanke mais uma vez afirmou ser necessário considerar reformas de longo prazo, que evitem crises similares no futuro.

"Eu não sugiro que o caminho à frente será fácil. Mas as ferramentas estão alocadas para responder efetivamente e com força. (…) Sua aplicação, aliada à resistência da economia americana, ajudarão a resgatar a confiança em nosso sistema financeiro e colocar nossa economia de volta no caminho do crescimento vigoroso", concluiu.

Facebook
Twitter
LinkedIn