O governo brasileiro decidiu reagir com força total às tentativas recentes de vincular o aumento no preço de alimentos à produção de biocombustíveis. A resposta às críticas começará a ser dada hoje, no discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 30ª Conferência Regional da Organização das Nações para Agricultura e Alimentos (FAO, na sigla em inglês), em Brasília.
Sem meias-palavras, o presidente se dirá assustado com as tentativas de vinculação da alta dos alimentos aos biocombustíveis. Especialmente, criticará o fato de, até agora, terem sido deixadas de lado as constantes altas do petróleo – insumo essencial para quaisquer transporte de alimentos no mundo – para responsabilizar a produção de combustíveis vegetais.
A avaliação no governo é que as críticas ao etanol escondem um lobby da indústria do petróleo e uma tentativa de desqualificar o combustível brasileiro. Até porque o etanol que poderia estar causando algum tipo de inflação – o americano, feito de milho – não é diferente do brasileiro, de cana-de-açúcar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.