Começou, na quarta-feira (23) e prossegue até quinta-feira (24) na sede do Sebrae Nacional em Brasília, o ‘III Encontro da Rede de Coordenadores da Carteira de Projetos do Setor de Cosméticos do Sistema Sebrae e Parceiros do Convênio e dos Estados’. No encontro estão sendo discutidos vários assuntos sobre o setor, como exportação, políticas públicas, tecnologia e serviços financeiros.
O Encontro é resultado de parceria do Sebrae, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
Antes da série de apresentações, foi assinada a prorrogação de um convênio de parceria entre Sebrae, ABDI e Abihpec para ações voltadas ao setor de cosméticos. O convênio teve assinatura em 2006. Segundo a coordenadora nacional da Carteira de Cosméticos do Sebrae Nacional, Regina Diniz, o prazo foi estendido para conclusão de algumas ações.
Em 2009, será assinado um novo convênio entre os parceiros em benefício de MPE do setor. "No mês de outubro acontecerá um planejamento estratégico envolvendo o Sebrae Nacional e nos estados e seus parceiros para definir ações para o próximo convênio", adianta Regina.
Com a parceria entre Sebrae, ABDI e Abihpec, foram desenvolvidas iniciativas para estruturar núcleos regionais de cosméticos e transmissão de conhecimentos às empresas, entre outras iniciativas. "Quando assinamos este convênio, há dois anos, havia apenas ações pontuais para o setor de cosméticos em dois estados. Hoje existem núcleos setoriais em oito estados", comemora Diniz.
A coordenadora ainda menciona como ação importante no convênio a regularização sanitária junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a Anvisa, cerca de 1.500 empresas de cosméticos encontram-se em situação irregular no que diz respeito ao registro de seus produtos. Outra 1.600 estão em situação regular. Aproximadamente 98,9% das empresas do segmento são de micro e pequeno porte.
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Política de Desenvolvimento Produtivo
Na abertura do Encontro, o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, lembrou a importância do segmento de cosméticos para a economia brasileira. "É um setor que cresce bastante, com potencial fabuloso, em especial com oportunidades de negócios para as micro e pequenas empresas, as que já estão no setor e as que pretendem ingressar", afirmou.
Diretora da ABDI, Maria Luisa Machado falou sobre a estrutura geral da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em maio deste ano. A diretora usou como ilustração para falar da PDP o atual cenário econômico brasileiro.
Ela destacou os fundamentos macroeconômicos em ordem, a expansão dos mercados de crédito e de capitais, o aumento do emprego formal, o crescimento real dos salários, a redução das desigualdades e a disposição do setor privado para investir. "O conjunto de indicadores mostra condições favoráveis à economia e ao setor produtivo como um todo", observou. "A economia cresce, mas precisa ser acelerada e alguns gargalos têm de ser resolvidos", afirmou.
Maria Luisa Machado disse que eram desafios para a Agência e parceiros fortalecer as micro e pequenas empresas e ampliar o número de MPE exportadoras. Ao falar no assunto MPE, a diretora destacou o papel do Sebrae como principal parceiro nas ações que envolvem micro e pequenos negócios.
A diretora da ABDI falou de uma série de programas desenvolvidos por órgãos como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estimular desde empresas que já são líderes em seus segmentos internacionalmente até outras que exportam, porém enfrentam uma série de dificuldades.
Alexandre Ribeiro Lopes, do MDIC, falou sobre o enfoque da PDP no setor de cosméticos. Ele informou que até agosto deverá estar pronto o Plano de Trabalho para a Cadeia de Higiene e Perfumaria.
O representante do MDIC disse que as estratégias de ações setoriais prevêem a desburocratização como elemento relevante nos processos. Articula-se com a Anvisa a dispensa de registro para produtos do setor de cosméticos que têm como destino apenas o mercado externo. "Neste caso, eles terão de se preocupar somente com o registro dos produtos no país de destino", disse.