Energia é a principal preocupação dos gestores de empresas brasileiras

Para 66% dos CEOs (diretores executivos) brasileiros, o custo da energia é a preocupação número um. Com uma escalada constante das cotações internacionais do petróleo, cujos derivados são a base das matrizes energéticas da maioria das economias, a questão foi apontada como motivo de preocupação moderada ou extrema.

O dado integra a 4ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros, cujos resultados foram extraídos dos dados da 11ª Annual Global CEO Survey, da PricewaterhouseCoopers, realizada entre setembro e novembro do ano passado e que contou com uma amostra de cem entrevistas realizadas no Brasil. No total, entretanto, foram 1.150 CEOs de 50 países.

Preocupações dos CEOs brasileiros
O aumento de outros custos, como os relativos aos processos de compliance (cumprimento das normas legais e regulamentares) e seguros, com 38%, e a possibilidade de rupturas na cadeia de suprimentos (também com 38%) foram outros aspectos apontados pelo entrevistados brasileiros.

Confira o percentual de CEOs brasileiros preocupados ou extremamente preocupados com relação a cada uma das potenciais ameaças ao crescimento dos negócios:

Ameaça     Percentual
Aumentos nos custos de energia 66%
Interrupção na cadeia de suprimentos 38%
Aumento de custos adicionais 38%
Maior rigor na regulação sobre emissões de carbono 31%
Pressão dos stakeholders por ações relativas às mudanças climáticas 18%
Incremento das ameaças em virtude dos fenômenos climáticos 15%

Apesar das preocupações, uma parcela dos líderes brasileiros (19%) vislumbra oportunidades para reduzir custos ou gerar receita adicional por meio de produtos que não causem impacto ambiental. Outros 28% acreditam que o comprometimento com ações capazes de mitigar os efeitos das mudanças possa gerar benefícios intangíveis, como valorização da marca ou atração de talentos.

Energia preocupa CEOs do mundo todo
O custo da energia também é a principal preocupação dos CEOs globais, com 64% dos votos. Além disso, ao menos metade deles manifestam receio em relação aos custos adicionais de conformidade (todos os investimentos voltados ao planejamento e à manutenção da infra-estrutura de pessoas, processos e ferramentas).

Esses itens aparecem como mais preocupantes do que o maior rigor na regulação sobre as emissões de carbono, que causa moderada ou extrema preocupação a 39% dos entrevistados, e a pressão dos stakeholders (o conjunto de públicos internos e externos ligados às empresas) em relação às mudanças climáticas, que obteve 29% das respostas. Os CEOs asiáticos são os que mais temem um aumento nos gastos com a energia, com 79% dos entrevistados valorizando esta opção.

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