São Paulo foi o estado que mais gerou emprego no mês de março, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem (17) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foram criados 90.582 postos, um aumento de 0,93% em relação a fevereiro. O resultado supera os de todos os períodos anteriores, tanto em números absolutos como relativos.
A região metropolitana de São Paulo, composta por 39 municípios, gerou 36.455 postos e o interior do estado registrou 54.127 novos empregos celetistas. No trimestre, a ampliação foi de 2,64%, totalizando 254.346 novos postos de trabalho.
O crescimento do emprego com carteira assinada ocorreu em quatro regiões do país e teve maior abrangência no Sudeste (147.137 postos, aumento de 0,90%), seguido pelo Sul (49.463 vagas, crescimento de 0,90%) e Centro-Oeste (22.369 empregos, elevação de 1,08%).
“Nas Regiões Sul e Sudeste há uma predominância, um impacto muito forte do emprego na indústria. E é o emprego na indústria que vem puxando em grande parte a geração dos postos de trabalho que é muito importante para a economia porque é um setor dinâmico. E neste início de ano as vagas no setor do comércio e serviço ficaram mais fracas, a quantidade é menor”, destacou o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio.
Em entrevista ontem ao programa Repórter Brasil nos estúdios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em São Paulo, ele destacou que nas Regiões Norte e Nordeste ainda é muito forte a presença do emprego informal e do trabalhador autônomo. “Nesse momento, a dinâmica desse mercado de trabalho não gera tantos postos de trabalho quanto gera na indústria, no setor de serviço, mesmo o setor de comércio, vinculado à indústria.”
Segundo o diretor, no início de ano, as vagas no setor do comércio, que são as que mais prevalecem no mercado no Norte e Nordeste, foram reduzidas em todo o país. O setor gerou 19.594 postos em março.
O setor que mais gerou empregos foram serviços, com 89.072 vagas, seguido pela indústria de transformação, que criou 40.389. O setor agrícola foi o que menos gerou empregos, 15.442.