Com um crescimento de 25%, o faturamento nominal da indústria de máquinas e equipamentos passou de R$ 28,97 bilhões no primeiro semestre de 2007 para R$ 36,25 bilhões no mesmo intervalo de 2008. Apesar dos números positivos, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, chamou a atenção para a diferença verificada entre os índices de crescimento das importações e das exportações do setor.
"Enquanto as exportações brasileiras passam de US$ 4,75 bilhões no período de janeiro a junho de 2007 para US$ 5,35 bilhões no primeiro semestre de 2008, um crescimento de 12,9%, as importações saltam de US$ 6,85 bilhões para US$ 9,99 bilhões, aumentando 45,9% em relação ao primeiro semestre do ano passado", comparou.
De acordo com o presidente da Abimaq, os números são negativos para o País, que necessita de uma balança comercial favorável para o setor de bens de capital. Segundo ele, isso é de fundamental importância estratégica. "Todos os índices apontam para um crescimento generalizado do setor de bens de capital", disse Aubert Neto. "Além do consumo aparente e do faturamento nominal, o índice de utilização do parque instalado cresceu 2,9% e o número de pedidos em carteira também se ampliou nesse semestre em relação ao anterior, na ordem de 2,2%", continuou, ao acrescentar que a lucratividade das empresas do setor está cada vez menor.
O número de empregados também registrou crescimento de 11,5%, evoluindo de 217.220 em junho 2007 para 242.139 empregados no sexto mês deste ano.
O presidente da Abimaq ressaltou que a diversificação dos destinos das exportações brasileiras é a animadora. "Embora os mercados latino-americanos tenham excelente potencial de consumo, o maior importador das máquinas brasileiras são os Estados Unidos e o quarto lugar é ocupado pela Alemanha. "Ou seja, estes são países com tecnologia muito avançada e que estão comprando do Brasil porque nossos produtos têm nível de qualidade e tecnologia excelente."