A partir desta quinta-feira (7) até o sábado (9), Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas, mostra ao mercado algumas das principais novidades em tecnologia de telecomunicações e eletroeletrônicos desenvolvidas no Brasil. A Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel) terá 137 estandes e cerca de 10 mil visitantes.
O evento é uma realização do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel) e Associação Industrial com o apoio do Sebrae, Governos Federal e de Minas, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).
"É o momento que os empresários utilizam para que seus parceiros conheçam as fábricas, a cidade e visitem a feira. Isso acelera negócios e faz com que outras empresas do APL também sejam conhecidas", explica o presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto.
Em 2007, o faturamento das empresas do APL de Santa Rita do Sapucaí alcançou R$ 780 milhões. A expectativa da organização é ampliar o faturamento anual do Vale da Eletrônica em 30% com relação a 2007, registrando R$ 1 bilhão em 2008.
Internacionalização
Nesta edição da Fivel, a novidade será a Rodada de Negócios Internacional, realizada entre empresas locais e distribuidores nacionais e de outros cinco países: México, Colômbia, Argentina, Chile e Venezuela. "A América Latina é hoje o principal destino dos produtos quando vão para fora do Brasil", conta o técnico do Sebrae/MG na região, Rodrigo Ribeiro.
"A capacidade das nossas empresas de se manterem inovadoras viabiliza a exportação. Elas visam, primeiro, substituir importações no Brasil. Quando alcançam a qualidade e padrão de tecnologia internacionais, ganham também o mercado externo", afirma Roberto de Souza Pinto.
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O Vale da Eletrônica
Santa Rita do Sapucaí não é como as outras cidades pequenas do Sul de Minas, com economias baseadas no agronegócio. O APL da indústria eletrônica é constituído por 124 empresas que empregam 8,5 mil colaboradores e fabricam mais de 10 mil produtos.
Lá, não faltam oportunidades para profissionais ligados a tecnologia da indústria de eletro-eletrônicos e equipamentos para telecomunicações que queiram viver a vida pacata do interior. Muitos deles se formam nas instituições de ensino locais voltadas a tecnologia: a Escola Técnica de Eletrônica (ETE), o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), a Faculdade de Administração e Informática (FAI) e o Colégio Tecnológico.
O APL é apoiado pelo Sebrae há quatro anos. Desde então, 75 empresas tiveram apoio para participar de feiras nacionais e internacionais e para conquistar o ISO 9000. "Este ano termina o quarto grupo; serão 42 empresas certificadas", conta Rodrigo.
O Sebrae também tem estimulado o círculo virtuoso que liga empreendedorismo e tecnologia no pólo. "Aplicamos programas como o Empretec e fazemos parcerias com as quatro incubadoras de empresas da região", conta Ribeiro.
O prêmio Desafio Empreendedor, que reconhece os melhores planos de negócios de alunos das instituições de ensino, teve 90 inscritos este ano. "Eles participam de capacitação em temas como marketing e controle financeiro. Quando são premiados, os alunos sentem que suas idéias podem se transformar em negócios de sucesso", explica o técnico.