O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), deverá fechar o mês de fevereiro com variação semelhante ou próxima do resultado apurado na terceira prévia (0,16%). A previsão foi feita hoje (26) pelo coordenador da pesquisa, Márcio Nakane. Ele disse que decidiu reduzir a taxa, que era projetada em 0,25%, depois de analisar o comportamento do mercado.
Na terceira prévia de fevereiro, o IPC desacelerou pela oitava vez seguida. De acordo com Nakane, a principal contribuição foi constatada no grupo alimentação, com taxa negativa de -0,13. Os preços dos produtos in natura recuaram em velocidade ainda maior (-2,27%) e as carnes de frango e bovina em -6,36% e -1,38%, respectivamente.
O resultado geral também mostra que está perdendo força o peso das matrículas e mensalidades escolares, bem como da compra do material didático sobre o IPC .
Depois de atingir alta de 4,39%, no fechamento de janeiro, o índice passou para 3,68%; 2,63% e 1,49%, na terceira prévia. Em sentido inverso, as roupas e outros artigos do vestuário começam a ter correção para cima, com a taxa passando de uma variação negativa de (-0,59%) para (-0,15%).
Em transportes, foi constatada ligeira elevação de 0,29% para 0,31% , “reflexo do aumento da tarifa média do transporte coletivo em 0,46% e também do impacto provocado pelo pagamento do IPVA [Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores] “, explicou Nakane. Ele informou que, isoladamente, subiram 1,94% os bilhetes dos ônibus intermunicipais, que ligam a capital a cidades da Grande São Paulo.
Márcio Nakane também salientou que “o aquecimento da economia tem mantido a média de preços do segmento serviços em processo de aceleração com alta, oscilando entre 0,45% a 0,50%, bem acima da inflação média do período [0,16%]”.