‘Formalização’ no País eleva crédito em 20%

 Ao final de 2011, a procura por crédito entre os consumidores elevou-se 7,5%, o que representa uma desaceleração do ritmo de crescimento. Apesar da redução da expansão no total, o aumento da formalização no mercado de trabalho contribuiu para a maior procura por empréstimos entre as camadas de renda inferior. Segundo Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, o avanço foi de 20% das pessoas com renda de até R$ 500.

"A gente vive, no mercado de trabalho, um movimento de formalização, o que permite o acesso a crédito. É um novo filão", explica Luiz Rabi, gerente de Indicadores da Serasa Experian.

Outro importante indicador que detalha a entrada de novos consumidores de empréstimos está na análise regional. O Nordeste registrou expansão de 11,7% em 2011, o segundo ano consecutivo em que liderou a busca por crédito, já que em 2010 o número havia crescido 17,7%. "Observamos a Região Nordeste acima da média por conta de investimentos em infraestrutura, chegada de novas empresas e políticas do governo como o Bolsa-Família", diz Rabi.

O novo teto da receita bruta anual do Empreendedor Individual (EI), que passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil a partir de 1º de janeiro, possibilitou que apenas nos quatro primeiros dias úteis de 2012, 15.856 trabalhadores saíram da informalidade no Brasil. Para Bruno Quick, gerente de Políticas Públicas do Sebrae, o novo limite beneficia principalmente os EI estabelecidos em áreas urbanas. "Para o empreendedor localizado em regiões metropolitanas, o teto de R$ 36 mil limitava as possibilidades; com R$ 60 mil, ele pode viabilizar projetos de qualificação para tornar-se mais competitivo, a ponto de se tornar microempresário", destaca.

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