Na sexta-feira passada (11), durante o World Retail Congress (Congresso Mundial do Varejo), realizado em Barcelona, o presidente da M.H.Alshaya Co., Mohammed Alshaya, disse que o pessimismo que permeia as economias ocidentais e a alta da confiança em mercados emergentes acarretarão uma mudança fundamental na ordem econômica mundial.
Segundo ele, com a saturação das marcas varejistas em mercados ocidentais, cada vez mais empresários das nações desenvolvidas devem explorar as oportunidades em economias emergentes. Isso significa que irão migrar para países como Índia, China, Brasil e Rússia. E não há maneira melhor para fazer isso do que por meio do franchising.
Características do franchising
O motivo é que o sistema de franquias apresenta menor risco durante a expansão do negócio, sendo também mais lógico. Alshaya listou quais desafios serão enfrentados pelas empresas que decidirem crescer em mercados emergentes:
– Geografia: o empresário deve pesquisar as condições de gestão, no que se refere à cultura e ao nível social da população do país em que pretende instalar a empresa, para verificar se a marca se encaixa à situação;
– Replicação da marca: a empresa precisa ser replicada de forma consistente em diferentes territórios do país, para garantir o espaço da bandeira;
– Consistência ao aproximar-se das pessoas e também no treinamento;
– A logística deve ser replicada e padronizada para manter a alta escala;
– O empresário deve se lembrar de que nada disso funciona, se não houver confiança.
Mercado de luxo
Ainda durante o congresso, um painel com as empresas que lideram o mercado de luxo mundial mostrou que o mercado de luxo não está imune à crise global. Por isso, a crença é de que as economias emergentes e o e-commerce serão os motores do crescimento no futuro.
"Ninguém tem uma bola de cristal, mas nós já observamos uma desaceleração do consumo nos Estados Unidos", afirmou o presidente do grupo Esteé Lauder, Patrick Bousquet-Chavanne.