Geadas pontuais podem prejudicar lavouras de trigo

Segundo a Conab, até o momento o clima é bastante favorável à cultura, com alguns problemas isolados no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul

A lavoura de trigo 2011, que compõe a safra 2011/12, está em fase final de semeadura, informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu 10º levantamento, divulgado nesta quarta-feira, 6. Segundo a Conab, até o momento o clima é bastante favorável à cultura, com alguns problemas pontuais no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul pela ocorrência de geadas que podem prejudicar a parcela da lavoura que está na fase de floração. O efeito deste evento climático poderá ser avaliado nos próximos dias, por meio da observação das lavouras. "O Paraná já tinha enfrentado problemas no período de semeadura pela falta de umidade no solo que dificultou a germinação do trigo", acrescentam os técnicos da estatal.

 

O levantamento da Conab revela que no Rio Grande do Sul ainda restam a semear pequenas áreas, o que deve ser efetivado até o dia 10 de julho. Em Santa Catarina a semeadura foi bastante lenta, por causa das condições climáticas, onde o excesso de chuvas atrapalhou o estabelecimento da lavoura. "Em Goiás, a semeadura foi concluída, salientando-se que neste Estado a maior parte da lavoura é irrigada", comenta a Conab.

Em praticamente todos os Estados produtores ocorreu redução de Área. Apenas no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal a área semeada teve incremento em relação à safra anterior. Nesta safra, de acordo com o levantamento atual, a área cultivada deve ficar ao redor de 2,06 milhões de hectares, 4,1% menor que a área cultivada na safra 2010/11, que foi de 2,15 milhões de hectares.

A produção nacional do trigo 2011, safra 2011/12, está prevista em 5,5 milhões de toneladas, 7,3% menor do que foi colhido na safra anterior, quando a produção alcançou 5,9 milhões de toneladas.

Milho

A produção nacional de milho, para ambas as safras, totaliza 57,8 milhões de toneladas, variação negativa de 0,7% frente a maio, segundo a sexta estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Mauro Andreazzi, diz que a queda é resultado da falta de chuvas e informa que as fortes geadas registradas no Paraná no fim de junho ainda não foram captadas nesta apuração.

A 1ª safra de milho deverá alcançar 34,0 milhões de toneladas, apresentando um aumento de 0,2%, comparativamente à estimativa anterior. Este ganho decorre de uma revisão positiva no rendimento (0,6%), considerando uma retração de 0,4% na área a ser colhida.

Para o milho 2ª safra, estima-se uma produção recorde de 23,9 milhões de toneladas, 2,0% inferior a anteriormente divulgada. O decréscimo deve-se, notadamente, a Goiás, onde a estimativa atual de 2.938.693 toneladas encontra-se decrescida em 15,7%. Nesse Estado, em virtude da longa estiagem, houve revisão no rendimento que passou de 6.100 kg/hectare para 5.127 kg/hectare (-16,0%). O Paraná, único representante para essa safra do produto na Região Sul, teve sua produção acrescida em 0,2%.

Facebook
Twitter
LinkedIn