A decisão de injetar dinheiro público no Fortis e no Dexia era necessária para proteger os clientes, garantir o emprego e evitar o contágio para outros bancos, afirmou hoje o ministro das Finanças belga, Didier Reynders, que insistiu em que é "uma aposta" que não deve ser julgada em 24 horas.
Em um comparecimento no Congresso para explicar as duas operações de resgate, Reynders disse que o problema das duas entidades financeiras era de liquidez, e ressaltou que os quocientes de solvência são, em ambos os casos, "satisfatórios".
No domingo, após uma reunião com a presença de representantes dos Governos belga, holandês e luxemburguês, dos supervisores financeiros, e inclusive do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e da comissária de Concorrência da União Européia, Neelie Kroes, os três países decidiram conceder 11,2 bilhões de euros para salvar o belga-holandês Fortis.
Em troca, os Governos do Benelux passarão a controlar 49% do capital das divisões bancárias do Fortis em cada um dos três países.