O ataque a um casal de turistas americanos, em Pequim, que ocorreu às vésperas de importante reunião de trabalho dos presidentes da China, Hu Jintao, e dos Estados Unidos, George W. Bush, constou da pauta de assuntos do encontro dos dois dirigentes. Após a reunião, nesse domingo (10), os líderes afirmaram o interesse recíproco de aprofundar as relações bilaterais e lamentaram o incidente ocorrido um dia antes.
No sábado (9), Todd e Barbara Bachman visitavam a centenária Torre dos Tambores, quando foram atacados com golpes de faca por Tang Yongming, um chinês de 47 anos, desempregado, da cidade de Hangzhou. Tang também atacou o guia que acompanhava o casal e depois se jogou da Torre.
Todd morreu e sua mulher ficou gravemente ferida. Barbara Bachman pssou por uma cirurgia de oito horas e seu estado de saúdo é estável, mas crítico. O guia está fora de perigo. O casal de Minneapolis é parente do treinador da seleção americana de vôlei masculino, Hugh McCutcheon.
Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, no encontro com Bush o presidente chinês expressou compaixão pela família das vítimas e disse que ele pediu ao ministro de Relações Exteriores da China que visitasse Barbara Bachman no hospital onde está internada.
“Começamos a investigação do caso imediatamente e trataremos disso com seriedade, de acordo com a lei. Manteremos contato permanente com o lado americano e informaremos sobre a evolução das investigações”, disse Hu Jintao a Bush. O presidente americano agradeceu a manifestação de Hu Jintao e a forma como o governo chinês está tratando o caso.
No encontro, o presidente chinês ainda frisou que a China está pronta para trabalhar com os Estados Unidos no sentido de elevar as relações bilaterais a um patamar mais alto de uma forma sustentável, saudável e estável. Afirmou, ainda, que a China sempre viu seu laços com os Estados Unidos de uma perspectiva estratégica e de longo prazo. Bush garantiu que seu país trabalhará pelo fortalecimento das relações bilaterais.
Os dois também trataram de temas sensíveis, como a autonomia de Taiwan. Hu Jintao disse que a China jamais reconhecerá a independência daquela região e disse a Bush que espera que os Estados Unidos tratem a questão de forma adequada e apóiem a aproximação entre as regiões.