Imposto reduz competitividade, dizem exportadoras

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre os Principais Problemas da Empresa Exportadora aponta que 3/4 das empresas exportadoras têm a competitividade internacional comprometida pelo peso dos impostos. O capítulo do sistema tributário foi divulgado hoje, no site da CNI (www.cni.org.br). Os demais serão divulgados em julho.

Segundo nota divulgada pela instituição, do total de 855 indústrias consultadas, 76% informaram que seus produtos perdem competitividade no exterior por conta dos tributos. As principais reclamações que, segundo as empresas entrevistadas, afetam a competitividade e inibem a decisão de exportar, são a cumulatividade de impostos, mecanismos lentos de desoneração e dificuldades em receber os créditos em dinheiro.

De acordo com a pesquisa, o acúmulo de impostos na exportação afeta a decisão de exportar de 44,3% das empresas consultadas. Entre as empresas que têm decisão de exportar, 54,7% limitam a participação das exportações nas vendas, 31,3% diminuem parcialmente as exportações e 9,6% deixam de exportar.

Entre os impostos que mais afetam a competitividade externa, segundo a pesquisa, estão a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta em dezembro do ano passado, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços (ICMS), o PIS/Cofins e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A pesquisa aponta também que cerca de um quinto das empresas exportadoras não conhece os mecanismos de ressarcimento de tributos. Entre os que conhecem, 57,7% disseram ter dificuldades no ressarcimento.

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